O conselheiro da OpenAI, Larry Summers, renunciou ao cargo nos Estados Unidos após a divulgação de uma troca de e-mails com
“Em linha com o anúncio do meu afastamento dos meus compromissos públicos, também decidi renunciar ao conselho da OpenAI”, disse o ex-conselheiro em comunicado nesta quarta-feira (19).
“Sou grato pela oportunidade de ter servido, estou entusiasmado com o potencial da empresa e ansioso para acompanhar o seu progresso”, acrescentou.
Larry Summers foi economista de Harvard e ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Na semana passada, foi o centro das atenções ao ter e-mails que trocava com Epstein divulgados. Nas mensagens, havia comentários sexistas e pedidos de conselhos amorosos a Epstein.
O Conselho de Administração da OpenAI afirmou, em comunicado, que respeitava a decisão de Summers em renunciar ao cargo. “Agradecemos suas inúmeras contribuições e a perspectiva que ele trouxe ao Conselho”, dizia a nota.
Summers, além de atuar no governo americano nos mandatos de Bill Clinton e Barack Obama, foi presidente de Harvard. Em 2006, renunciou ao cargo após sofrer grande pressão em meio a várias controvérsias. Ingressou no conselho da OpenAI em 2023.
Câmara aprova publicação de arquivos
As duas casas legislativas do Congresso dos Estados Unidos votaram a favor, nesta terça-feira (18), de forma arrasadora, do
Os senadores aprovaram pela tarde a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein em uma votação unânime, depois que o texto havia passado mais cedo pela Câmara dos Representantes.
A lei obriga o Departamento de Justiça a publicar documentos não confidenciais da investigação sobre o financista e sua morte na prisão.
E-mails comprometedores
Cerca de 20 mil páginas com e-mails de Epstein foram divulgados por congressistas democratas na semana passada, instaurando uma
O e-mais incluem uma mensagem na qual Epstein diz que Trump “sabia sobre as garotas”, referindo-se à alegação do presidente de que teria expulsado o financista de seu clube Mar-a-Lago por assediar funcionárias jovens.
“Eu sei quanto Donald é sujo”, escreveu Epstein em um e-mail enviado a um ex-conselheiro da Casa Branca em 2018. Epstein também falou sobre o estado mental de Trump naquele mesmo ano.
Trump nega veementemente as acusações de ligação com o caso de Epstein. Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os e-mais não provam nada.
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Quem é Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein foi um financista americano bem-sucedido. Ele enriqueceu com seu fundo de investimentos, o “Jeffrey Epstein VI Foundation” e convivia com celebridades, políticos, membros da realeza e outras pessoas de renome e fama mundial.
A situação começou a mudar em 2008, quando ele foi condenado por exploração sexual. Ele pagava garotas menores de idade por massagens a pessoas de seu entorno na Flórida. Um acordo judicial secreto o livrou de um julgamento federal e sentenciou a 13 meses de prisão.
O caso mais ruidoso, no entanto, ocorreu em 2019, quando Epstein foi acusado e preso por organizar uma rede de exploração sexual de menores, com as quais manteve relações sexuais em suas propriedades nos Estados Unidos e em outros países. Nomes famosos fariam parte desta rede, como o do Príncipe Andrew, da Inglaterra.
Epstein cometeu suicídio em 2019, pouco depois de ser preso, antes de ser julgado pelos crimes levantados pelo FBI.
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‘Epstein files’
Há documentos que já foram tornados públicos, como
No entanto, para várias figuras proeminentes da direita norte-americana, o governo do país esconde segredos e documentos relacionados a Jeffrey Epstein. A CNN Brasil explica que, de acordo com essa teoria da conspiração, o governo norte-americano estaria encobrindo uma lista de homens poderosos, uma espécie de “lista de clientes”, ligados a Epstein.
Trump deu força à teoria conspiratória ainda durante as eleições, quando falou em 2024 sobre a possibilidade de divulgar mais arquivos do governo dos EUA sobre o caso.
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*Com informações da CNN