O
A chegada da embarcação à região, ocorrida nessa última terça (11), ocorre em meio a novas tensões. A venezuela anunciou exercícios militares em todo o país para “responder a ameaças imperiais”, enquanto a Rússia condenou os bombardeios americanos a embarcações suspeitas de tráfico, que já deixaram ao menos 76 mortos.
Sobre a operação estadunidense
De acordo com o Comando Sul das Forças Navais dos EUA, o navio USS Gerald Ford reforçará a capacidade do país de detectar e desarticular atividades ilícitas no Caribe e na América Latina. Desde setembro, os Estados Unidos mantêm navios de guerra, aviões e milhares de soldados na região.
O Pentágono afirmou que a presença do porta-aviões visa “proteger a segurança e a prosperidade no hemisfério ocidental”. No entanto, os EUA ainda não apresentaram provas de que as embarcações bombardeadas transportavam drogas.
Reações internacionais
A ação americana gerou reações negativas entre aliados e rivais. O Reino Unido decidiu não compartilhar informações de inteligência com os EUA sobre embarcações suspeitas, por considerar os ataques ilegais.
Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro suspendeu o envio de informações de inteligência aos Estados Unidos, classificando os bombardeios como “execuções extrajudiciais”.
A Rússia, aliada do presidente venezuelano, também criticou duramente a operação. O chanceler Sergei Lavrov afirmou que os EUA estão agindo “acima da lei” e usando o combate às drogas como “pretexto” para atacar.
Resposta venezuelana
Em resposta, a Venezuela iniciou novos exercícios militares, com participação de cerca de 200 mil soldados, segundo o ministro da Defesa Vladimir Padrino. O país também sancionou uma lei para criar “Comandos de Defesa Integral” e reforçar a preparação diante do avanço militar americano.
Maduro convocou civis a se alistarem na Milícia Bolivariana e disse que o país está pronto para “pegar em armas e defender a pátria”.
A tensão aumenta enquanto os EUA continuam acusando o governo venezuelano de comandar um cartel do narcotráfico, o que a Venezuela nega e classifica como tentativa de intervenção política.
Com agências
(Sob supervisão de Alex Araújo)