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Elevador da Glória: trabalhadores apresentavam ‘queixas sucessivas’ quanto à manutenção

Os trabalhadores da empresa municipal Carris, em Lisboa, apresentaram queixas antes do acidente que deixou pelo menos 15 mortos nesta quarta-feira (3)

Acidente ocorreu às 18h05, horário local, e foi causado pelo rompimento de um cabo

Os trabalhadores da empresa municipal Carris apresentaram “queixas sucessivas” quanto à necessidade de manutenção dos elevadores de Portugal, incluindo o Elevador da Glória, que deixou ao menos 15 mortos após um acidente nesta quarta-feira (3).

As informações são da agência lusa, Correio da Manhã. Segundo declarações do dirigente sindical da Fectrans e do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), Manuel Leal, ao jornal, “deve haver este inquérito às causas profundas deste acidente”.

“Até porque os trabalhadores já vêm reportando de há muito tempo questões da necessidade da manutenção destes elevadores voltar à responsabilidade dos trabalhadores da Carris e não ser entregue a empresas exteriores, como é o caso concreto do elevador da Glória”, afirmou Leal, em declarações à agência Lusa.

De acordo com o Correio da Manhã, o Elevador da Glória passou por uma manutenção em maio deste ano e, em 2022, o transporte esteve parado durante seis semanas para trabalhos de reparação.

“O último registo de manutenções ao Elevador da Glória, em Lisboa, é datado de maio de 2025. Nesse mês, o monumento nacional esteve parado vários dias”, aponta a agência.

Segundo a Carris, responsável pela operação do elevador, a inspeção é periódica e a última foi realizada em 2024, informou o Correio da Manhã.

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Entenda o caso

O descarrilamento do Elevador da Glória, que percorre um dos bairros mais turísticos de Lisboa, Portugal, deixou ao menos 15 mortos e 18 feridos, nesta quarta-feira (3). Duas pessoas estão em estado grave.

O acidente ocorreu às 18h05 do horário local e foi causado pelo rompimento de um cabo, quando o vagão do famoso funicular da Glória, que conecta a Praça do Rossio aos bairros do Bairro Alto e Príncipe Real, descarrilou, de acordo com testamunhas à SIC Notícias.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo