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Sobreviventes do terremoto aguardam socorro em áreas remotas do Afeganistão

Três dias após o sismo que deixou mais de 1.400 mortos algumas áreas remotas ainda não receberam ajuda devido ao difícil acesso

Afegãos caminham em frente a casas destruídas após terremotos na vila de Mazar Dara, no distrito de Nurgal, província de Kunar, no leste do Afeganistão, em 1º de setembro de 2025.

Habitantes das áreas mais isoladas do Afeganistão, afetadas pelo terremoto de magnitude 6 do último domingo (31), continuam aguardando pela chegada de ajuda. O sismo deixou mais de 1.400 mortos.

O terremoto, ocorrido por volta da meia-noite de domingo no leste do Afeganistão, atingiu áreas remotas da montanhosa província de Kunar, além das vizinhas Nangarhar e Laghman, na fronteira com o Paquistão, que também foram afetadas.

Na terça-feira (2), a terra voltou a tremer, causando pânico entre os moradores. O número de vítimas, até o momento, de 1.469 mortos e mais de 3.500 feridos, pode ser maior devido a dificuldade de acesso às áreas remotas.

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Os deslizamentos de terra dificultam o acesso às aldeias montanhosas, informa a AFP. A ONG Save The Children indicou que um de seus grupos caminhou 20 km para “chegar a uma vila isolada do mundo pelos deslizamentos, carregando equipamentos médicos nas costas”.

A ONG ActionAid afirma estar em “uma corrida contra o tempo”. “Os serviços públicos já estão no limite” no país, que é um dos mais pobres do mundo, explicou Srikanta Misra, seu diretor nacional à AFP.

Até o momento, nenhum plano após o terremoto, em ajuda financeira ou às vítimas, foi anunciado pelos talibãs. A ONU, que já enviou R$ 27 milhões para auxiliar o país, estima que centenas de milhares de pessoas possam estar afetadas.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo