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Terremoto no Afeganistão: Talibã reduziu ajuda internacional para desastres

A ajuda humanitária no Afeganistão está cinco vezes menor desde 2021, quando o grupo assumiu o poder e sanções internacionais foram impostas

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A comunidade internacional está se mobilizando para ajudar o Afeganistão após um terremoto de magnitude 6,0 atingir o país neste domingo (31) e já deixou mais de 800 mortos. No entanto, desde que os talibãs assumiram o poder, sanções internacionais diminuíram a ajuda internacional para desastres no país.

Até o momento, foram registrados 800 mortes e 2.700 registradas, mas os talibãs apontam que o número de vítimas pode ser ainda maior conforme as buscas avancem nas áreas mais remotas e também mais atingidas, sobretudo nas províncias de Kunar e Nangarhar.

Os talibãs assumiram o poder em 2021, depois de quatro décadas de guerra. Desde então, o Afeganistão vive uma grave situação humanitária, agravada pela redução da ajuda externa, com uma retirada das forças estrangeiras e uma imposição de sanções internacionais sobre o país.

O governo afegão aponta que o valor da ajuda externa caiu de US$ 3,8 bilhões, cerca de R$ 20,6 bilhões, para US$ 767 milhões, cerca de R$ 4,2 bilhões este ano, segundo estimativas divulgadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Após o terremotoro, a ONU afirmou que tem equipes no Afeganistão prestando assistência emergencial e “suporte para salvar vidas”.

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Ajuda internacional

Países da União Europeia e Japão já disseram estar dando apoio ao Afeganistão após o terremoto, informou a BBC. O embaixador do Japão no país, Takayoshi Kuromiya, afirmou que o Japão está monitorando a situação e pronto para apoiar os afetados.

O ministro das Relações Exteriores da Índia, O Dr. Subrahmanyam Jaishankar, declarou que “oferecerá apoio e solidariedade aos afegãos”.

Ainda segundo a BBC, a União Europeia declarou que os parceiros humanitários do bloco permanecem “ativamente no local” prestando ajuda aos afetados.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo