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Terremoto no Afeganistão deixa 800 mortos e número pode ser ainda maior, apontam talibãs

Os talibãs alertaram que o número de vítimas aumentará à medida que as buscas avançarem em áreas remotas

Mais de 800 pessoas morreram e pelo menos 2.700 ficaram feridas no Afeganistão após um terremoto de magnitude 6 atingir o país na noite deste domingo (31). Segundo os talibãs, o número de vítimas aumentará à medida que as buscas avançarem em áreas remotas.

O tremor, com epicentro em uma área montanhosa a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar, foi próximo à superficie, com uma profundidade de oito quilômetros, o que resultou em um número de vítimas fatais e os danos nas províncias de Nangarhar, Kunar e Laghman.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), mais de 1,2 milhão de pessoas provavelmente sentiram tremores fortes e os vilarejos mais afetados continuam inacessíveis devido aos bloqueios nas estradas.

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Os talibãs, que governam o Afeganistão desde 2021, afirmam que o número de vítimas deve aumentar consideravelmente conforme as buscas consigam avançar nas áreas remotas. Segundo eles, os danos em Kunar são “muito significativos”.

Na região, haviam cerca de 2 mil famílias refugiadas do Paquistão vivendo na região fronteiriça do país, fortemente atingida pelo terremoto.

Esforços de resgate

Apesar da dificuldade de acesso às áreas mais atingidas, as autoridades do país e a ONU mobilizam esforços para o resgate. Segundo o Ministério da Defesa, já foram realizados 40 voos.

A situação humanitária do país foi agravada após o retorno dos talibãs ao poder, que reduziu a ajuda externa internacional para terremotos. Este já um dos terremotos mais mortais no Afeganistão desde que o grupo fundamentalista retornou.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo