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Acidente voo Air India: relatório aponta que combustível de avião foi cortado antes da queda

Conforme relatório, caixa preta registrou pilotos questionando ao outro o porquê de ele ter cortado o combustível; O voo transportava 242 pessoas e apenas um passageiro sobreviveu

Queda de avião na Índia: polícia afirma que todas as 242 pessoas a bordo morreram.

O Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia divulgou um relatório preliminar sobre a queda do voo AI171 da Air India, ocorrida em 12 de junho, e o documento aponta para um possível problema relacionado ao fornecimento de combustível dos motores como causa do acidente. Segundo informações obtidas pela CNN, os interruptores de controle de combustível na cabine foram acionados pouco após a decolagem, resultando na interrupção do funcionamento dos motores. Dados extraídos das caixas-pretas revelaram 49 horas de registros de voo e duas horas de gravações de áudio da cabine, incluindo os momentos do acidente.

A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner com destino a Londres Gatwick, havia acabado de decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel, em Ahmedabad, no estado de Gujarat, quando caiu nas proximidades, matando quase todos a bordo. Apenas um passageiro sobreviveu. O voo transportava 242 pessoas, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense.

De acordo com o relatório, a aeronave atingia cerca de 180 nós quando os interruptores de corte de combustível de ambos os motores foram “transferidos da posição ‘run’ para ‘cut off’” com apenas um segundo de intervalo entre eles. Nas gravações, um dos pilotos questiona o outro sobre o corte de combustível. Imagens captadas pelo aeroporto mostram a ativação da turbina Ram Air — um sistema de energia de emergência — durante a subida inicial.

Avião que caiu na Índia tinha Londres como destino; acidente aconteceu cerca de 8 minutos após decolagem

O avião começou a perder altitude antes mesmo de cruzar o muro do perímetro do aeroporto. Pouco depois, os interruptores de combustível foram reposicionados corretamente e os motores tentavam ser religados, mas o impacto ocorreu nesse momento. Segundos antes da queda, um dos pilotos emitiu um chamado de emergência: “MAYDAY MAYDAY MAYDAY”. O controlador chegou a pedir o indicativo da aeronave, mas não obteve resposta e observou a queda à distância.

Estado da aeronave e condições de voo

O relatório indica que a maior parte da aeronave foi encontrada em condições normais. O combustível testado apresentava qualidade satisfatória e não havia registro de atividade significativa de aves na rota de decolagem.

Ainda segundo o documento, ao serem movidos de “cut off” para “run” durante o voo, os motores são programados para executar automaticamente a sequência de reacendimento. No entanto, essa tentativa falhou.

Os investigadores confirmaram que o peso da aeronave estava dentro dos limites permitidos e que não havia mercadorias perigosas a bordo. Os flaps das asas estavam corretamente ajustados a 5 graus, e a alavanca do trem de pouso estava abaixada no momento da decolagem. O motor esquerdo havia sido instalado em 26 de março e o direito em 1º de maio.

Tripulação e vítimas

A tripulação era experiente. O comandante, de 56 anos, acumulava mais de 15 mil horas de voo. O copiloto, de 32 anos, possuía cerca de 3.400 horas de experiência.

Além das vítimas a bordo, o avião atingiu o alojamento do BJ Medical College and Hospital, resultando também em mortes no solo.

Sobrevivnete disse que: “Trinta segundos após a decolagem, houve um barulho alto e então o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido.”

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