Trinta e seis pessoas morreram neste sábado (7) em ataques do Exército de Israel na Faixa de Gaza. Seis dessas mortes ocorreram perto de um centro de distribuição de ajuda apoiado pelos EUA, onde civis esperavam por suprimentos e foram atingidos por tiros, conforme a Defesa Civil palestina.
Israel intensificou a ofensiva em Gaza em meados de maio visando libertar reféns do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, assumir o controle total do território e “aniquilar” o movimento islâmico.
Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, relatou que “seis pessoas morreram e várias ficaram feridas em ações das forças de ocupação israelenses” perto de uma rotatória de distribuição de ajuda. Samir Abu Hadid, uma testemunha, descreveu à AFP que as forças israelenses abriram fogo contra civis que tentavam se aproximar do centro de ajuda. O Exército israelense, por sua vez, alegou ter disparado “tiros de advertência” após suspeitos se recusarem a recuar.
Ataques semelhantes ocorreram perto do centro de ajuda administrado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma organização apoiada por Estados Unidos e Israel. A GHF, criticada pela ONU e por outras organizações humanitárias, suspendeu a distribuição de ajuda hoje devido a “ameaças diretas” do Hamas, mas planeja retomar as operações.
Novos Desenvolvimentos:
- O Hamas divulgou uma foto do refém israelense Matan Zangauker com a mensagem “Não voltará vivo”.
- O Exército israelense recuperou o corpo do refém tailandês Nattapong Pinta, morto em cativeiro.
- Em uma operação em Gaza, o Exército israelense anunciou a morte de Assaad Abu Sharia, acusado de envolvimento no ataque ao kibutz Nir Oz e no sequestro e assassinato de membros da família Bibas, símbolo da tragédia dos reféns.
O conflito, desencadeado pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em 1.218 mortes do lado israelense e mais de 54.700 palestinos mortos, a maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas, 55 ainda estão em cativeiro, com pelo menos 31 mortes confirmadas.
