A Ucrânia e aliados europeus aprovaram, nesta sexta-feira (9), a criação de um tribunal especial para julgar líderes russos pela “agressão” contra o país. A medida foi chancelada em uma reunião em Lviv, no Oeste da Ucrânia, com vários ministros de Relações Exteriores da União Europeia. A aprovação foi vista como uma demonstração de apoio ao país que está em conflito direto com a Rússia desde 2022.
Os esforços para criar um tribunal se aceleraram depois do retorno de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, à Casa Branca, que chegou a estabelecer pontes com Moscou para tentar pôr um fim na guerra. A aproximação alimenta temores de que a Rússia saia ilesa do conflito.
“Não há espaço para a impunidade. A agressão da Rússia não pode ficar impune e, portanto, é extremamente importante estabelecer este tribunal”, afirmou em Lviv a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas. O tribunal especial foi projetado para processar os principais líderes da Rússia pelo “crime de agressão” da invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
“Acolhemos com satisfação a conclusão dos trabalhos técnicos sobre os projetos de instrumentos jurídicos necessários para estabelecer, no marco do Conselho da Europa, um Tribunal Especial para o Crime de Agressão contra a Ucrânia”, afirma uma declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores ucraniano.
“Este tribunal está sendo criado para emitir sentenças adequadas no futuro”, declarou em Lviv o chanceler ucraniano, Andrii Sibiga. (Com informações de AFP)