O ex-capitão Francesco Schettino, condenado a 16 anos e um mês de prisão pelo
Segundo Francesca, a desistência aconteceu devido a “dificuldades com a proposta de trabalho que havia sido submetida à Justiça”. “O procedimento foi encerrado”, afirmou Carnicelli, explicando que a decisão de desistir partiu do próprio Schettino por considerar que “não havia mais condições”.
A advogada ressaltou que, caso surjam novas oportunidades no futuro, um novo pedido poderá ser feito.
Relembre o naufrágio do Costa Concordia
O naufrágio do Costa Concordia aconteceu na noite de 13 de janeiro de 2012, quando o transatlântico se chocou contra rochas na costa da Ilha de Giglio, na Toscana, um popular destino turístico. O impacto causou o tombamento lateral da embarcação e a tragédia resultou na morte de 32 pessoas, com o corpo da última vítima sendo encontrado apenas em novembro de 2014, durante o processo de desmontagem do navio em Gênova.
A presença do navio encalhado impactou a vida dos moradores de Giglio por quase dois anos e meio. Na sentença contra Schettino, a Suprema Corte disse que o ex-capitão manteve uma rota e velocidade “totalmente inadequadas”, com o objetivo de fazer uma “saudação à ilha de Giglio”, prática comum em navios de cruzeiro. No entanto, a aproximação excessiva das rochas levou ao encalhamento do transatlântico, evidenciando a falta de “diligência, prudência e perícia necessário” por parte do comandante.
Schettino também ficou conhecido como “capitão covarde” por abandonar o navio antes que todos os passageiros fossem resgatados. Em uma conversa divulgada pelo oficial da Capitania dos Portos Gregorio De Falco, ele ignorou a ordem de “Vada a bordo, cazzo” (“Volte a bordo”).