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Americanos sairão “mais fracos e mais pobres” após aplicação de tarifas, diz Macron

O presidente dos Estados Unidos assinou na quarta-feira um decreto para lançar uma tarifa aduaneira mínima de 10% para todas as importações que chegam ao país, e de 20% para os produtos procedentes da União Europeia

Presidente da França, Emmanuel Macron

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou, nesta quinta-feira (3), que a “decisão brutal” de aumentar as tarifas por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terá um “impacto maciço” na economia europeia. De acordo com ele, os americanos sairão “mais fracos e mais pobres” da medida implementada pelo governo norte-americano.

É “uma decisão brutal e sem fundamento” que terá “um impacto maciço” em “todos os setores da economia e da exportação europeus”, afirmou Macron no início de uma reunião no Palácio do Eliseu, sede da presidência em Paris, com seu governo e os setores afetados.

O presidente dos Estados Unidos assinou na quarta-feira um decreto para lançar uma tarifa aduaneira mínima de 10% para todas as importações que chegam ao país, e de 20% para os produtos procedentes da União Europeia, uma “catástrofe”, nas palavras do primeiro-ministro francês, François Bayrou.

Os Estados Unidos eram em 2023 o quarto mercado de exportação da França, após Alemanha, Itália e Bélgica, segundo a alfândega francesa. Entre os setores franceses mais expostos às novas tarifas estão o aeronáutico, o de luxo, os vinhos e o conhaque.

“Uma coisa é certa: com as decisões dessa noite, a economia dos Estados Unidos e os americanos, sejam empresas ou cidadãos, sairão mais fracos que ontem e mais pobres”, alertou Macron, que pediu aos europeus que “se mantenham unidos” e evitem “agir sozinhos”.

O presidente francês pediu às empresas que operam nos EUA que suspendam todos os seus projetos de investimento no país até que o anúncio de seu contraparte americano se “esclareça”.

A UE alertou que está preparada para responder às tarifas, mas estendeu a mão para negociar uma saída. A porta-voz do governo francês, Sophie Primas, afirmou que o bloco europeu pode aplicar taxas aos serviços digitais americanos. (Com AFP)

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