O governo dos Estados Unidos anunciou que irá revogar o status legal temporário de mais de 530 mil imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
O anúncio foi divulgado na sexta-feira (21) em um aviso do Federal Register.
A ordem afeta 532 mil cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que foram para os EUA sob uma plano lançado em outubro de 2022 pelo ex-presidente Joe Biden e foi ampliado em janeiro de 2023.
Com a decisão, os imigrantes irão perder a proteção legal 30 dias após o Departamento de Segurança Interna publicar o texto oficialmente, o que deve acontecer na próxima terça-feira (25).
Os migrantes terão até o dia 24 de abril para deixar os EUA. Se quiserem permanecer, é preciso conseguir outra autorização do governo de Donald Trump.
A Welcome.US (Bem-vindo aos Estados Unidos, em português), uma ONG que ajuda pessoas a buscar refúgio em território estadunidense, aconselhou os afetados pela ordem a procurar aconselhamento jurídico de forma imediata.
O programa humanitário para cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos, conhecido como CHNV (sigla dos países), permitiu que até 30 mil imigrantes das quatro nações entrassem por mês nos Estados Unidos.
O governo Biden impulsionou o plano como uma forma “segura e humana” de “aliviar” a movimentação na fronteira dos EUA com o México. No entanto, o Departamento de Segurança informou que a medida não era permanente, mas sim “provisória”.
Ao retornar à Casa Branca em janeiro deste ano, Trump passou a implementar uma política severa contra imigrantes no território dos EUA. Em discurso no Congresso no início de março, o republicano reforçou o “compromisso” em acelerar a expulsão desses estrangeiros durante o mandato.
*** Com informações de AFP.