O governo dos Estados Unidos divulgou o último lote dos documentos sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, nessa terça-feira (18). A divulgação ocorre após uma ordem executiva emitida em janeiro pelo presidente Donald Trump, que exigiu que os arquivos não editados do caso se tornassem públicos.
O caso, que ainda gera teorias da conspiração após mais de 60 anos, foi divulgado no site dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. Os documentos estão em inglês, clique aqui para consultar. Muitos americanos ainda acreditam que o atirador, Lee Harvey Oswald, não agiu sozinho. Ele foi morto a tiros diante das câmeras de TV que transmitiam o momento ao vivo, dois dias após o atentado a Kennedy.
Kennedy foi morto em 22 de novembro de 1963, enquanto ainda atuava como presidente dos EUA. Ele foi morto baleado durante uma comitiva que passava de carro pelo centro de Dallar, no Texas. Mas, ao longo de décadas, a maioria dos americanos não acredita que Oswald foi o único assassino.
Perguntas sem resposta perseguem o caso há muito tempo, dando origem a teorias sobre o envolvimento de agentes do governo, da máfia e de outros personagens, além de outras alegações. Em 1992, o Congresso aprovou uma lei para divulgar todos os documentos relacionados à investigação dentro de 25 anos.
Tanto Trump em seu primeiro mandato quanto o presidente Joe Biden divulgaram pilhas de documentos relacionados a JFK, mas milhares ainda permaneciam parcial ou totalmente secretos. A ordem executiva de Trump, de dois meses atrás, também pediu que os arquivistas do governo divulgassem documentos relacionados aos assassinatos do candidato presidencial Robert F. Kennedy e do ícone dos direitos civis Martin Luther King Jr., ambos mortos a tiros em 1968.
O presidente republicano prometeu, durante a corrida pela Casa Branca do ano passado, divulgar os arquivos de JFK, logo após garantir o apoio de Robert F. Kennedy Jr., sobrinho de JFK e filho de Robert Kennedy.
Atualmente, Kennedy Jr. se tornou secretário de saúde de Trump.
Investigação sobre a morte de JFK
Após a morte de John F. Kennedy, o presidente Lyndon B. Johnson, que assumiu a presidência dos EUA, criou a Comissão Warren para investigar o assassinato e conseguir chegar a uma conclusão. Durante as investigações, foi definido que Kennedy foi assassinado por Oswald, que teria agido sozinho.
Um dos pontos centrais da investigação foi a chamada “teoria da bala única”. De acordo com algumas hipóteses, o primeiro disparo atingiu a nuca de Kennedy e saiu pela sua garganta. Apesar de tê-lo deixado gravemente ferido, esse tiro provavelmente não foi fatal. A comissão afirmou que a mesma bala atingiu, em seguida, o governador do Texas, John Connally.
O relatório final apontou que todos os disparos foram feitos por Oswald do sexto andar de um depósito de livros escolares na Elm Street, que estava vazio devido a uma reforma.