O TikTok anunciou, nesta sexta-feira (17), que será obrigado a “fechar” nos Estados Unidos caso o governo não volte atrás com a lei que prevê o banimento da rede social em todo o território estadunidense, segundo a agência de notícias AFP.
A medida havia sido aprovada em março pelo Congresso em nome da “segurança nacional”, e a rede social vem lutando há meses contra a lei. No entanto, nessa sexta-feira (17), a Suprema Corte se negou a suspender a legislação e, portanto, o TikTok deve ser banido do país a partir de domingo (19).
A Suprema Corte havia recolhido os argumentos da ByteDance, dona da rede social, que afirmava que a lei infringia o direito à liberdade de expressão. No entanto, o tribunal decidiu que a lei não limita essa liberdade e que o governo estadunidense demonstrou que a preocupação com a empresa chinesa é legítima.
A lei aprovada no ano passado exigia que a ByteDance vendesse o TikTok. Caso contrário, o aplicativo seria banido. “Não há dúvida de que, para mais de 170 milhões de americanos, o TikTok oferece uma importante via de autoexpressão, uma ferramenta de participação e uma forma de construir uma comunidade”, disse a Suprema Corte nessa sexta-feira.
“Mas o Congresso determinou que a transferência é necessária para tratar de suas preocupações de segurança nacional bem fundamentadas sobre as práticas de coleta de dados do TikTok e seu relacionamento com um adversário estrangeiro”, concluiu.
O presidente eleito Donald Trump disse que discutiu a questão do TikTok com o presidente chinês, Xi Jinping, em uma conversa telefônica nesta sexta.