De acordo com um resultado divulgado pela Agência de Guarda de Fronteiras e Costeira da União Europeia, a chegada de migrantes sem autorização na UE caiu 38% em 2024 e atingiu o nível mais baixo desde 2021. O documento apontou, também, uma redução de 59% na rota do Mediterrâneo Central, entre o norte da África e o sul da Itália ,que deixou de ser a principal porta de entrada para deslocados internacionais no bloco.
O documento foi publicado na última terça-feira (14). Como já indicavam levantamentos anteriores, as rotas pelo centro do Mediterrâneo (-57%) e pelos Bálcãs (-78%) foram as que registraram as quedas mais expressivas. Nos dois casos, analistas apontam para o sucesso de políticas linha-dura, como as de Giorgia Meloni, na Itália.
“Apesar da pressão migratória persistente, a cooperação intensificada da UE e dos parceiros contra as redes de contrabando reduziu significativamente as travessias nas fronteiras externas da Europa, com pouco mais de 239 mil detecções registradas no ano passado”, acrescentou a Frontex.
Segundo a agência, o resultado foi puxado pelas quedas de 59% na rota do Mediterrâneo Central, que totalizou 66.766 travessias em 2024, sobretudo de bengaleses, sírios e tunisianos, e de 78% nos Bálcãs Ocidentais, para 21.520. Nesta rota, sírios, turcos e afegãos são predominantes.
“Esse resultado se deve à ação da Itália e ao grande trabalho que nosso governo tem feito nos últimos anos”, declarou a premiê italiana, Giorgia Meloni, sobre a diminuição do fluxo no Mediterrâneo Central.
Já a rota do Mediterrâneo Oriental, em direção à Grécia, apresentou alta de 14%, puxada por sírios, afegãos e egípcios, e chegou a 69.436 migrantes sem autorização, tornando-se a principal porta de entrada na UE no ano passado.
“Todos os anos enfrentamos desafios únicos em nossas fronteiras que exigem vigilância e adaptabilidade constantes. A Frontex e as autoridades de fronteira em toda a Europa, devem permanecer prontas e flexíveis para enfrentar esses desafios de forma eficaz”, disse o diretor-executivo da agência, Hans Leijtens.