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Israel e Hezbollah acusam um ao outro de violar acordo de cessar-fogo

Trégua foi estabelecida na quarta-feira (27); Israel admitiu que atacou o sul do país nesta quinta (28) após identificar “suspeitos que não respeitaram os termos do cessar-fogo”

Pouco mais de 24 horas depois de Israel e o Hezbollah, grupo terrorista que atua no Líbano, firmarem um acordo de cessar-fogo, ambos acusaram um ao outro de violar a trégua. Nesta quinta-feira (28), o Exército do Líbano, responsável por monitorar o sul do país, de onde as tropas dos dois lados deveriam se retirar, afirmou que Israel infringiu o acordo “diversas vezes”.

Após a trégua, dezenas de milhares de libaneses voltaram para suas casas. No entanto, o governo israelense admitiu que bombardeou uma instalação dos extremistas no sul do Líbano.

O Exercito de Israel emitiu um toque de recolher noturno para a população do sul do Líbano, justificando que seria devido a disparos contra “suspeitos” que “não respeitaram os termos do cessar-fogo”.

O país também afirmou que “identificou atividade terrorista” em uma instalação usada pelo Hezbollah para armazenar foguetes de médio alcance no sul do Líbano e “frustrou a ameaça” com um ataque aéreo. De acordo com a agência de notícias NNA, duas pessoas ficaram feridas por causa dos ataques israelenses no vilarejo de Markaba, no sul do Líbano.

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Libaneses comemoraram cessar-fogo

O acordo prevê que as forças israelenses mantenham suas posições, mas estabelece um período de 60 dias no qual “o Exército libanês e as forças de segurança começarão a se deslocar para o sul”, disse uma autoridade dos EUA à AFP.

Na quarta-feira (27), as forças libanesas começaram a se deslocar para o sul do país para garantir que o cessar-fogo será cumprido. No vilarejo fronteiriço de Qlaaya, os moradores jogaram arroz e flores no ar para comemorar a chegada dos soldados libaneses.

“Apesar de toda a destruição e dor, estamos felizes por estar de volta”, disse Um Mohamed Bzeih, uma viúva que fugiu há dois meses com seus quatro filhos da cidade de Zibqin, no sul do país.

“Sinto como se nossas almas tivessem voltado”, disse ela enquanto varria os cacos de vidro e os detritos espalhados pelo chão.

Israelenses dizem não acreditar em cessar-fogo

No norte de Israel, onde dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas por causa dos combates, há ceticismo em relação à trégua.

“Ainda não nos sentimos seguros e não estamos felizes com isso”, disse Nissim Ravivo, um homem de 70 anos da cidade costeira de Nahjariya, a 10 quilômetros do Líbano. “É uma pena, deveríamos ter continuado por pelo menos mais dois meses e terminado o trabalho”, protestou.

O conflito já matou pelo menos 3.961 pessoas no Líbano desde outubro de 2023, a maioria delas nas últimas semanas, de acordo com o Ministério da Saúde. Do lado israelense, as hostilidades com o Hezbollah mataram pelo menos 82 soldados e 47 civis, segundo autoridades israelenses.

*Com informações de AFP


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