Um homem de 36 anos foi preso em Tangerang, no oeste de Jacarta, na Indonésia, após ser acusado de vender o próprio filho de 11 meses em apostas de jogos de azar. O homem foi identificado como RA pelas autoridades e vendeu a criança por R$ 5 mil e utilizou o valor obtido com a venda para apostas em jogos de azar e para a compra de objetos pessoais.
Os compradores do bebê também foram detidos e, segundo a imprensa local, estariam envolvidos em redes de tráfico de pessoas. O chefe da polícia, Zain Dwi Nugroho, disse ao portal Kompas que o incidente foi relatado às autoridades pela mãe do bebê, que voltou do trabalho e não encontrou o filho.
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“Ela pressionou RA para compartilhar o paradeiro do filho até que ele finalmente confessou que havia vendido a criança. Ela então o levou para fazer um relatório no Departamento de Polícia da Cidade de Tangerang”, relatou Nugroho, chefe da polícia metropolitana de Tangerang, à mídia local.
A mãe levou o marido à delegacia para formalizar a denúncia, e as investigações rapidamente.
Depoimento do acusado
Durante o interrogatório, RA afirmou que sua intenção era apenas quitar dívidas acumuladas com o jogo, mas admitiu que assim que conseguiu o dinheiro, cedeu ao impulso de apostar tudo online. Os compradores, identificados apenas como HK e MO, foram presos sob suspeita de participação em um esquema de tráfico humano, crime que pode levar a penas de até 15 anos de prisão e multas que chegam a 600 milhões de rupias (cerca de £29.300) na Indonésia.
Autoridades em alerta
A Comissão Indonésia de Proteção à Criança expressou profunda preocupação com o episódio. Ai Maryati, chefe da organização, condenou duramente a atitude de RA. “É alarmante que ele tenha usado sua situação financeira para se envolver em atividades que violam os direitos humanos básicos, como a venda de uma criança”, afirmou.
A Indonésia, assim como outras partes do sudeste asiático, tem sido um foco de atenção global no combate ao tráfico humano. De acordo com dados internacionais, quase 60% de todas as vítimas de tráfico no mundo são oriundas da região Ásia-Pacífico, sendo o sul e o sudeste asiático considerados epicentros para o tráfico e exploração de pessoas.