A enfermeira Lucy Letby, de 34 anos, foi considerada culpada pela tentativa de homicídio contra uma bebê prematura identificada no julgamento como ‘Bebê K’. A condenação ocorreu em um tribunal de Manchester, na Inglaterra, nesta terça-feira (2). Ela receberá a sentença na próxima sexta-feira (5).
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Letby é considerada a maior assassina de bebês da atualidade no Reino Unido, entre 2015 e 2019, ela matou sete recém-nascidos e tentou matar outros seis no Hospital Countess, localizado no condado de Chester, na Inglaterra. Ela já havia sido condenada à prisão perpétua pelos crimes. A acusação alegou que a assassina definiu Bebe K como alvo assim que a criança saiu da sala de parto e foi para UTI neonatal após o nascimento prematuro.
O júri considerou que a ex-enfermeira desconectou o tubo de respiração da bebê e ficou ao lado da incubadora olhando enquanto os níveis de oxigênio da criança caiam - sem realizar nenhuma intervenção. Contudo, o pediatra do hospital, Dr Ravi Jayaram flagrou a situação e interviu, ele fez procedimentos para ressuscitar a criança.
A acusada afirmou ao júri que não tem lembranças sobre o momento. Letby alega que não fez nada que pudesse prejudicar o Bebê K e, novamente, disse que não cometeu nenhum dos crimes pelos quais foi condenada.
Na ocasião, em 17 de fevereiro de 2016, a criança foi transferida para um hospital especializado devido o nascimento prematuro e morreu três dias depois. A causa da morte foi apontada como prematuridade extrema e síndrome da angústia respiratória grave.
A acusação também pontuou que dois anos depois, em abril de 2018, Letby procurou pela família de Baby K no Facebook. “A verdade é que Lucy Letby tinha uma fascinação pelos bebês que ela matou e que ela tentou matar. Ela tinha prazer em realizar o seu trabalho assassino”, afirmou o promotor Nick Johnson. Ele também explicou que essas pesquisas no Facebook pelas famílias das vítimas era um comportamento padrão da enfermeira. Letby nunca confessou nenhum dos crimes nem a razão pelo qual ela cometia os assassinatos.