A Nasa anunciou que o retorno à Terra da nave Starliner da Boeing a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), previsto para 26 de junho, foi adiado novamente. A nave decolou da Flórida em 5 de junho.
O novo adiamento permitirá mais tempo para examinar os problemas dos propulsores e os vazamentos de hélio que causaram o primeiro atraso, acrescentou a agência espacial americana.
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A primeira missão tripulada da Starliner à ISS - com dois astronautas a bordo - deveria durar oito dias, foi estendida por tempo indeterminado.
“As autoridades da Nasa e da Boeing estão ajustando o retorno da nave à Terra”, afirmou a agência espacial dos Estados Unidos.
Problemas iniciais
A atracação inicial na ISS foi atrasada por mais de uma hora após alguns dos propulsores da Starliner, que fornecem manobras finas, falharem inicialmente.
Antes do lançamento, já se sabia que havia um vazamento de hélio afetando a Starliner. Embora não seja combustível, o hélio fornece pressão para o sistema de propulsão. Durante o voo, no entanto, surgiram outros vazamentos.
Problemas iniciais com novas espaçonaves não são incomuns. O programa do Ônibus Espacial em seus primeiros dias enfrentou seus problemas, assim como o programa Dragon da SpaceX no início dos anos 2010.
A Starliner é apenas o sexto tipo de nave espacial construída nos EUA a transportar astronautas da Nasa, seguindo os programas Mercury, Gemini e Apollo nas décadas de 1960 e 1970, o Ônibus Espacial de 1981 a 2011, e a Crew Dragon da SpaceX a partir de 2020.
Os Estados Unidos ficaram dependentes dos foguetes russos Soyuz para ir à ISS entre 2011 e 2020.
O programa da Boeing enfrentou contratempos que variam desde um bug de software que colocou a nave em uma trajetória ruim em seu primeiro teste não tripulado, até a descoberta de que a cabine estava cheia de fita elétrica inflamável após o segundo teste.