Mahmoud Ahmadinejad, que foi presidente do Irã de 2005 a 2013, registrou candidatura às eleições presidenciais. A inscrição foi feita neste domingo (2), e ele é o político mais conhecido, até o momento, pressionando o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
Ação seria uma tentativa de recuperar a principal posição política do país após a morte do presidente Ebrahim Raisi em acidente de helicóptero.
A chegada dele ao Ministério do Interior foi marcada por um grupo de apoiadores, que agitaram bandeiras iranianas e gritavam: “Deus é o maior!”, enquanto ele iniciava o processo de registro da candidatura.
Ele desceu as escadas do ministério mostrando o passaporte a imprensa. Enquanto uma mulher processava a candidatura, o político sentou-se e virou-se para os jornalistas, acenando com a cabeça e sorrindo para as câmeras.
A presença do ex-presidente, de 67 anos, na corrida presidencial é vista como um desafio direto ao establishment religioso, especialmente após ter sido impedido de concorrer em 2021 pelas autoridades. O retorno do político controverso acontece em meio a crescentes tensões entre o Irã e o Ocidente, alimentadas pelo avanço do programa nuclear de Teerã, os acontecimentos na guerra entre Rússia e Ucrânia e a repressão aos dissidentes internos.
As eleições para substituir o presidente Raisi estão programadas para 28 de junho.