Você se lembra como foi o ano de 2016? Quem mora na Etiópia ainda está com a memória bem fresca, já que eles estão no equivalente ao dia 28 de julho de 2016 hoje mesmo. Isso porque o calendário do país africano está cerca de sete anos atrasado em relação ao calendário gregoriano, tradicionalmente adotado no ocidente.
O motivo desse ‘atraso’ é porque a Etiópia calcula o ano de nascimento de Jesus Cristo de maneira diferente. Quando a Igreja Católica retificou o seu cálculo no ano 500 d.C., a Igreja Ortodoxa Etíope não fez o mesmo e manteve o ge’ez, uma variação do calendário juliano que tem esse nome em homenagem ao imperador Júlio César, de Roma.
A contagem dos anos no país é feita a partir de um calendário próprio, o etíope. Chamado de ge’ez, o modelo é uma variação do calendário juliano — nomeado em homenagem à Júlio César, na República Romana —, tendo 12 meses de 30 dias e um 13º mês com apenas seis dias. Além disso, para os etíopes, a primeira hora do dia, de acordo com o horário do país, é o nascer do sol.
Além de ser ‘atrasado’, a Etiópia tem 13 meses durante o ano. São 12 meses de 30 dias cada, além de cinco ou seis dias adicionais, às vezes conhecidos como 13º mês. Os dias a mais são adicionados no final do ano para combinar o calendário com o ciclo solar.
Outra curiosidade do segundo maior país africano, que tem 120 milhões de habitantes e fica no sudeste da África, é que o Ano Novo começa no dia 12 de setembro. Quando aqui no Brasil estivermos no 9° mês de 2024, a Etiópia estará iniciando o ano de 2017.
O ano começa, para eles, no equivalente à passagem de 10 para 11 de setembro. Assim, a virada do milênio, no ano 2000, foi celebrada pelos etíopes somente em 11 de setembro de 2008.
Assim como o calendário, o tempo também é contado de maneira diferente. O dia começa com o nascer do sol, às 6h. Assim, nosso meio-dia cai, nos relógios do país, às 18h.
*Sob supervisão de Enzo Menezes