Quase 5.500 litros de água radioativa vazaram da usina nuclear de Fukushima, no Japão, mas não foram detectados sinais de contaminação fora das instalações, anunciou a operadora Tokyo Electric Power Co (TEPCO).
Uma porta-voz da TEPCO anunciou que o vazamento foi detectado em uma área da central que processa a água contaminada, mas não especifica as causas do vazamento de água radioativa.
A Tokyo Electric Power Company (TEPCO) é uma companhia japonesa de serviços públicos elétricos, responsável pela Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. A empresa foi fundada em 1951, sendo maior empresa de energia elétrica do Japão.
“Calculamos que vazaram quase 5,5 toneladas (5.500 litros) de água na quarta-feira (6), mas não houve mudanças significativas nos pontos de monitoramento de radioatividade ao redor da central”, afirmou.
A operação de limpeza da usina vai demorar décadas devido aos desafios associados ao gerenciamento dos resíduos radioativos e à desativação das instalações danificadas, segundo os especialistas.
A água radioativa contaminada que se acumulou na usina está sendo tratada e armazenada em tanques.
Terremoto
A central de Fukushima sofreu graves danos em 2011, após o potente terremoto de magnitude 9,0, seguido por uma tsunami, provocar um dos piores acidentes nucleares da história - o maior do gênero desde o acidente de Chernobyl, em 1986.
O desastre natural no Japão resultou em uma série de explosões com o lançamento de material radioativo no ar e no oceano. Mais de 160 mil pessoas abandonaram suas casas devido ao perigo de contaminação.
O Japão iniciou em agosto de 2023 o despejo de 1,34 milhão de toneladas de água residual no Oceano Pacífico como uma estratégia para lidar com a água contaminada na Usina Nuclear de Fukushima, após o acidente de 2011.
A água residual é aquela que foi usada para resfriar os reatores danificados e que ficou contaminada com substâncias radioativas.
A decisão de liberar a água tratada contendo trítio no Oceano Pacífico tem gerado controvérsias, mas as autoridades japonesas afirmam que o despejo é feito de forma controlada, dentro dos limites de segurança.
*Com informações da AFP
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.