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PCMG divulga detalhes de apuração sobre possível envenenamento em Cataguases

Mulher morreu. Enteado segue internado. Marido já teve alta.

Delegacia de Polícia Civil em Cataguases

A Delegacia de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) de Cataguases divulgou que as evidências apuradas até agora indicam que a idosa de 61 anos usou chumbinho na tentativa de envenenar o marido de 51 anos e o enteado, de 6 anos. Ainda está em apuração como as vítimas ingeriram o veneno.

O caso ocorreu em 13 de julho. A idosa morreu. As outras vítimas foram encaminhadas para atendimento médico. O homem já teve alta e a criança permanece internada, segundo a Polícia Civil.

A PCMG antecipou que, como a investigada se matou, conforme o artigo 107 do Código Penal, o inquérito será concluído e encaminhado ao Poder Judiciário com sugestão de arquivamento. Outras informações poderão ser divulgadas após o encerramento das investigações, que continuam em andamento.

Veneno encontrado no quarto da suspeita

Uma quantidade de “chumbinho”, produto tóxico comumente utilizado como veneno para rato, foi encontrada em diligências no interior do quarto da investigada, segundo as informações divulgadas pela Polícia Civil.

Os exames indicam que a substância foi utilizada na tentativa de envenenamento. Está em apuração como as vítimas o ingeriram. A suspeita inicial é de que estaria no feijão, só que os testes específicos apresentaram resultado negativo para a presença da substância.

Em depoimento, uma das vítimas relatou que, no dia dos fatos, consumiu macarrão, feijão e frango. Ainda contou que que percebeu uma substância escura no fundo do prato, perguntou à autora o que era e ela disse que era tempero.

A perícia também constatou que algumas vasilhas da residência foram lavadas antes da chegada da equipe, o que pode indicar tentativa de ocultação de vestígios.

Conflitos familiares podem ter motivado crime

Segundo o delegado responsável pela investigação, Conrado Guedes, a motivação do crime estaria relacionada a conflitos anteriores da investigada com o marido, pai do menino.

A apuração até o momento indica que a suspeita não aceitou o resultado positivo do exame de DNA que comprovou a paternidade, manifestava insatisfação com o pagamento da pensão alimentícia e houve relatos de ciúmes em relação à mãe da criança.

A Polícia Civil informou que devem ser concluídos nos próximos dias o laudo final das substâncias e exames complementares, incluindo avaliação psicológica da investigada, exames toxicológicos para comprovação de autoenvenenamento e automutilação, além de análise para verificar eventual ingestão de bebida alcoólica.

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Désia Souza é jornalista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde também cursou pós graduação em “Mídia e Cidadania” e mestrado em “Comunicação e Poder”. É coordenadora de jornalismo na Itatiaia Juiz de fora, onde também atua como âncora e repórter.
Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web em Juiz de Fora desde 2023.