Os moradores do Bairro Poço Rico realizam um protesto neste sábado (25) contra o fechamento da passagem em nível na linha férrea. O impasse marcou a região ao longo deste ano, desde o anúncio da medida pela Prefeitura, em fevereiro, até a implantação da medida, em abril.
Os relatos de transtorno causado pela divisão do bairro ao meio e a necessidade de aumentar o trajeto para entrar e sair do Poço Rico, que é região de passagem para bairros da região Sudeste.
Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora esclarece que conforme foi levado a público em abril, o fechamento da passagem de nível do Bairro Poço Rico aconteceu devido a uma intimação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) determinando que a passagem deveria ser bloqueada sob pena de restituição total e corrigida dos valores gastos na construção do Viaduto Engenheiro Renato José Abramo.
“A passagem de pedestres sobre a linha férrea construída recentemente foi obra de responsabilidade da MRS. Sobre o acúmulo de água próximo a passagem, a Prefeitura informa que já tomou ciência da situação e está realizando estudos para encontrar a melhor forma de solucionar o problema”.
Moradores entrevistados pela Itatiaia destacaram que houve fechamento de lojas e que a decisão ‘matou o bairro’, nas palavras do comerciante Élvio Rodrigues, organizador da mobilização. Ouça.
Confira entrevista e imagens do protesto:
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— Rádio FM Itatiaia / Juiz de Fora (@ItatiaiaJF) October 25, 2025
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Ordem do Dnit, alega Prefeitura
Em fevereiro, houve a primeira tentativa de mudança. A Rua Pinto de Moura passou a operar no sentido Rua Osório de Almeida/Avenida Brasil, em toda a extensão, incluindo a passagem em nível do local. Já a Rua Alagoas atua no sentido Avenida Brasil/Rua da Bahia. O trecho da Rua da Bahia, entre as ruas Pinto de Moura e Alagoas será em mão dupla.
Diante dos protestos, a alteração foi suspensa. No entanto, em abril, a passagem em nível foi fechada. À época, foi apresentada a justificativa de que era o cumprimento de uma determinação contratual, feita em janeiro de 2021 com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), como condição para que fosse edificado o Viaduto Professor Renato José Abramo.
Em posicionamento, a prefeita Margarida Salomão explicou que, em caso de descumprimento, o município teria que pagar uma multa em mais de R$ 20 milhões, que corresponde ao valor da construção do Viaduto Professor Renato José Abramo, o viaduto do Tupynambás, valor acrescido de juros e correção monetária. E que o Tribunal de Contas da União (TCU) também emitiu um parecer no mesmo sentido. Por
Rua da Bahia no bairro Poço Rico em Juiz de Fora
Cronologia trânsito no Poço Rico
- 21 de fevereiro: entrou em vigor a
inversão do fluxo de trânsito das ruas Pinto de Moura e Alagoas . Moradores reclamaram à Itatiaia sobre afalta de informação, a confusão na sinalização e a insatisfação com as alterações. Em nota, Prefeitura alegou que as mudanças pretendiam “melhorar a fluidez do tráfico de veículos na região” para otimizar o trânsito na região do Centro Histórico. - 26 de fevereiro: Prefeitura anuncia que
mudanças do trânsito seriam desfeitas após reunião com a comunidade do bairro. - 26 de abril: fechamento da passagem em nível localizada no bairro Poço Rico em Juiz de Fora, que estava aberta para fluxo de veículos e pedestres. Em
vídeo publicado nas redes sociais , a prefeita Margarida Salomão (PT) explicou que a decisão de fechar o local ocorreu após uma intimação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sob pena de pagamento de multa de R$ 20 milhões, acrescida de juros e correção monetária
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