Uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), localizada na região Central de Juiz de Fora, foi interditada por equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e pela Vigilância Sanitária da Prefeitura. Nem o nome da instituição nem do responsável foram divulgados.
A ação conjunta ocorreu nesta quinta-feira (21) e foi divulgada nesta sexta (22). O caso é investigado também no Núcleo Especializado de Atendimento à Pessoa Idosa da PCMG, que apura crimes de maus-tratos, desobediência e contra a saúde pública.
De acordo com a Prefeitura, os 13 idosos que estavam no local serão encaminhados para outros locais, que podem ser outra ILPI ou casa de familiares. O destino de cada um será informado pelo proprietário.
A Administração Municipal que informou que o local já tinha sido interditado de forma cautelar e continuava funcionando de forma irregular. De acordo com a Vigilância Sanitária, entre as irregularidades, estavam cuidadores a menos que o necessário, projeto arquitetônico não aprovado, entre outras questões. O proprietário responde a processo administrativo, está sujeito às sanções cabíveis, que inclusive pode ser multa.
PCMG constatou irregularidades
De acordo com o Núcleo Especializado de Atendimento à Pessoa Idosa, a investigação começou após provocação do Ministério Público à Vigilância Sanitária, que havia notificado o proprietário da instituição em razão do descumprimento de exigências administrativas.
Diante das irregularidades, a Prefeitura acionou a PCMG para apuração de possíveis crimes. No local, os policiais civis constataram uma situação grave em relação às condições oferecidas aos idosos. Foram encontrados alimentos vencidos, presença de insetos, mau cheiro e diversas irregularidades relacionadas ao funcionamento adequado do espaço e ao bem-estar dos acolhidos.
“Também estamos verificando os contratos firmados pela instituição. Os responsáveis foram acionados para providenciar a transferência dos idosos para locais adequados”, explicou o o delegado responsável pela ação, Rodolfo Rolli.
As investigações prosseguem, com previsão de oitivas do proprietário, de funcionários da clínica e de servidores da Vigilância Sanitária. Conforme adiantou o delegado, os idosos e seus responsáveis legais também poderão ser ouvidos.
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