‘Histórias noturnas no Museu': abertas inscrições para visita guiada no Mariano Procópio

Atividade nesta quinta (27) tem vagas limitadas e faz parte da programação da 14ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

Projeto ‘Histórias Noturnas no Museu” é realizado no Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora

Estão abertas as inscrições para a próxima ação do projeto “Histórias Noturnas no Museu” no Museu Mariano Procópio em Juiz de Fora. A visita guiada na Villa Ferreira Lage será a partir das 19h, na próxima quinta-feira (27).

As vagas são limitadas e os interessados devem garantir a participação na plataforma Sympla. A visitação será conduzida pela equipe técnica do Museu. O público conhecerá a história da imponente edificação e curiosidades sobre a influente família Ferreira Lage, marcada pela relevância cultural e política em Minas Gerais.

A atividade integra a programação da 14ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. O projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo abrange um conjunto de eventos culturais realizados em diversos municípios de Minas Gerais, com o objetivo de ampliar o horário de funcionamento de museus e bibliotecas uma vez a cada dois meses, para incentivar a visitação.

Sobre a Villa Ferreira Lage

A Villa Ferreira Lage, também conhecida como ‘Castelinho’ foi erguida por Mariano Procópio no alto de uma colina, uma obra de arte em estilo neorrenascentista, cujo projeto é de autoria do arquiteto alemão Carlos Augusto Gambs. Concluída em 1863, próxima às fábricas da Companhia e da Estação de Diligências, a chácara era a casa de campo da família. A edificação possui arquitetura de caráter sóbrio e elegante, com referências do renascimento italiano.

De acordo com o Museu Mariano Procópio, a ornamentação foi feita tirando partido de tijolos com caneluras, tijolos com arestas arredondadas, tijolos em cores diferenciados e em camadas alternadas e entre outros elementos. O interior da “Villa” conserva as características originais com paredes revestidas de papel e pinturas, lambris de madeira de lei e forro em estuque decorados. Guarda importante acervo mobiliário e uma sala de música toda revestida em madeira.

O projeto paisagístico do parque, que valoriza a flora exótica e brasileira, é atribuído ao francês Auguste François Marie Glaziou, conhecido por outros importantes projetos de jardins brasileiros, entre os quais o Parque de Santana, o Passeio Público e a Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. O naturalista suíço Jean Louis Rodolphe Agassiz (1807-1873) surpreendeu-se em sua visita e disse que a chácara de Mariano Procópio se tornaria o “Paraíso dos Trópicos”, como relatou em seu livro “Viagem ao Brasil – 1865 – 1866".

Alfredo Ferreira Lage herdou a Villa transformando-a em museu particular em 1915, sendo inaugurado oficialmente em 13 de maio de 1922, já incluindo o prédio anexo, a galeria de Belas-Artes Maria Amália. Como destaca o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), é a primeira edificação brasileira construída com finalidade de ser museu. O planejamento de arte, onde se destacam o lanternim e a claraboia, é de Rodolpho Bernardelli.

E doação do Museu, acervo e parque ao Município foi formalizada por Alfredo Ferreira Lage em 29 de fevereiro de 1936. Todo o conjunto arquitetônico é tombado pelos governos municipal, estadual e federal.

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Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.

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