PCMG prende envolvidos em estupro coletivo; fotógrafo é considerado foragido

Quatro vigilantes foram presos temporariamente; integrantes da Polícia Civil falaram sobre apuração do caso, ocorrido em um condomínio de alto padrão em Juiz de Fora

Integrantes da PCMG falaram sobre investigação do caso de estupro coletivo em Juiz de Fora

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (14) quatro vigilantes, envolvidos no estupro coletivo de uma mulher na casa dela em um condomínio de alto padrão em Juiz de Fora. O quinto suspeito, um fotógrafo de 28 anos, é considerado foragido.

Em coletiva, integrantes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), explicaram que os quatro vigilantes com idades de 33, 41, 44 e 48, são investigados pelo crime e foram presos temporariamente por 30 dias. De acordo com a delegada Flávia Granado, pode ser prorrogado por mais 30 dias, até a conclusão do inquérito.

O advogado do fotógrafo Thiago Rodrigues disse à Itatiaia que está surpreso com o pedido de prisão temporária e afirmou que irá recorrer ao Ministério Público (MPMG) para que as imagens que entregaram à PCMG sejam levadas em consideração.

Sobre os vídeos entregues pela defesa do fotógrafo, que seriam provas de que a relação foi consensual, a delegada Carolina Magalhães destacou que a vítima alegou que estava sob efeito de medicamentos misturado com bebida alcoólica. Agora será analisado se ela tinha condições de consentir algo.

A delegada Flávia Granado informou que as mídias que foram entregues pela defesa serão anexadas ao inquérito, mas o fotógrafo pode ser punido por gravar conteúdo íntimo sem autorização.

Quem tiver informações que ajudem as autoridades, pode entrar em contato no 181, Disque-Denúncia Unificado. Não é necessário se identificar.

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Resumo do caso

Como a Itatiaia divulgou, a vítima relatou que foi atacada e estuprada, enquanto estava inconsciente, por homens que invadiram a residência dela, na semana passada, em Juiz de Fora. Ela e as amigas estavam em um bar, ingeriram bebidas alcoólicas e foram levadas para casa por um fotógrafo, que ofereceu ajuda.

Este homem foi embora, com a chegada de um amigo da vítima. No entanto, as imagens do sistema de monitoramento registraram que o suspeito identificado como fotógrafo voltou ao local, conseguiu entrar no condomínio e, acompanhado dos seguranças, invadiu a casa da vítima, onde o estupro aconteceu.

A vítima só se deu conta do que houve ao acordar mais tarde. Então, buscou atendimento médico e acionou a Polícia Militar (PM) para o registro da ocorrência. Em nota, a Polícia Militar informou que os suspeitos foram identificados e qualificados no Boletim de Ocorrência, porque não houve flagrante.

Nesta semana, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria Especial de Mulheres, repudiou o caso e informou que acompanha os desdobramentos.

Na semana passada, o fotógrafo prestou depoimento na PCMG e foi liberado. Os advogados de defesa, Thiago Rodrigues e Rudolf Rocha, afirmaram à Itatiaia que o cliente é inocente. Eles disseram que alguns arquivos de mídia foram entregues para a delegada, que comprovam a inocência do acusado e que a relação aconteceu com o consentimento da vítima.

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Márcio Santos é jornalista e locutor. Como repórter, participou de várias jornadas esportivas pela Itatiaia e também tem passagens pelas rádios CBN, Globo, Solar e jornal Tribuna de Minas.
Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.

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