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Brasil empata com a Espanha em amistoso de seis gols em Madri

Jogo teve gols de Rodrygo, Endrick e Lucas Paquetá, três pênaltis, dois para os espanhóis, e combate ao racismo em solidariedade a Vinícius Júnior

Vinicius Júnior em ação contra a Espanha, em amistoso

A Seleção Brasileira de Dorival Júnior fez um primeiro tempo terrível, que fez parecer que levaria uma surra da Espanha. Mas gols do anfitrião Rodrygo, do futuro anfitrião Endrick, no Santiago Bernabéu, além de Lucas Paquetá, de pênalti, garantiram o empate por 3 a 3 nesta terça-feira (26).

Mais uma vez o garoto de 17 anos, do Palmeiras, entrou bem. No sábado (23), ele havia marcado na vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, no estádio de Wembley, em Londres. Também saindo do banco, no Santiago Bernabéu, onde a partir de julho será sua casa como jogador do Real Madrid, foi de Endrick o segundo gol.

Rodrygo, com um bonito gol por cobertura, e Lucas Paquetá, de pênalti, no último lance da partida, garantiram o resultado, após o Brasil sempre estar atrás do placar. Os espanhóis tiveram dois pênaltis a favor, em jogo sem o VAR, árbitro de vídeo, por decisão da Federação da Espanha, a anfitriã.

O jogo marcou o combate ao racismo que o atacante Vinícius Júnior, também do Real Madrid, sofre na Espanha. Ele foi o capitão da equipe e os jogadores entraram em campo com uma jaqueta preta com a frase “uma só pele, uma só identidade” escrita na parte de trás. Não houve relatos de atos racistas no Bernabéu.

Quando Vini Jr foi substituído, no meio do segundo tempo, ele foi ovacionado e aplaudido de pé pelos torcedores presentes.

Foi a segunda partida de Dorival Júnior no comando da Seleção Brasileira. Agora o time só volta a campo em 8 de junho, no amistoso contra o México no estádio Kyle Field, em College Station, nos Estados Unidos. Já será preparação para a Copa América, que será em território estadunidense, entre 20 de junho e 14 de julho.

Dois tempos distintos

Rodri, cobrando um pênalti duvidoso de João Gomes em Lamine Yamal, e Dani Olmo abriram o placar no primeiro tempo para uma Espanha dominante. E o gol de Olmo foi um golaço, com direito a ‘caneta’ em Beraldo, drible em Bruno Rodrigues e finalização precisa.

O Brasil jogava mal, e ganhou de presente o primeiro gol. Simón saiu errado, Rodrygo se aproveitou e tocou a bola por cima.

Dorival Júnior, que repetiu o time da vitória sobre os ingleses, fez trocas para tentar dar mais velocidade com jogadores mais descansados em campo. Endrick entrou no lugar de Raphinha.

No primeiro toque de bola, ele lançou Vini Jr, que se atrapalhou ao entrar na área para finalizar. Mas logo depois, o garoto aproveitou sobra depois de escanteio e chutou forte para empatar.

O jogo a partir daí ficou equilibrado, a Espanha com mais posse de bola, mas sem a objetividade e facilidade de progressão em campo que teve no primeiro tempo. No finalzinho, o árbitro português Antonio Nobre marcou dois pênaltis, um para cada time.

Rodri fez de novo, lance duvidoso, de novo, desta vez de Beraldo em Carvajal. E depois foi Carvajal quem derrubou Galeno na área, e Paquetá fez.

Espanha 3 x 3 Brasil

Espanha

Simón; Carvajal, Le Normand (Cubarsi), Laporte e Cucurella; Rodri, Fabián Ruiz e Dani Olmo; Lamine Yamal, Morata (Oyarzabal) e Nico Williams. Técnico: Luis de la Fuente.

Brasil

Bento; Danilo (Yan Couto), Fabrício Bruno, Beraldo e Wendell; Bruno Guimarães (André), João Gomes (Andreas Pereira) e Lucas Paquetá; Vini Jr, (Douglas Luiz) Rodrygo (Galeno) e Raphinha (Endrick). Técnico: Dorival Júnior.

Gols
Rodri, de pênalti, (11min1ºT), Dani Olmo (35min1ºT)/ Rodri, de pênalti, (41min2ºT) para a Espanha
Rodrygo (38min1ºT), Endrick (4min2ºT), Lucas Paquetá, de pênalti, aos (50min2ºT) para o Brasil

Cartões Amarelos
Le Normand, Laporte (Espanha); Bruno Guimarães, Beraldo, Lucas Paquetá, Andreas Pereira (Brasil)

Motivo: amistoso
Data e Horário: 26 de março de 2024 (terça-feira), às 17h30 (de Brasília)
Local: Estádio Santiago Bernabéu, em Madri

Árbitro: Antonio Nobre (Portugal)
Auxiliares: Bruno Alves (Portugal) e Luciano Maia (Portugal)

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.