CEO da Soccer Grass, empresa responsável pelo gramado sintético do estádio do
De acordo com, Alessandro, há uma resistência que ignora problemas recorrentes enfrentados em gramados naturais no Brasil. Ele afirmou que diversos campos apresentam condições inadequadas para a prática do futebol profissional, como o Maracanã.
“Tem muito clubismo, achismo. É muito um Flamengo querendo atingir o Palmeiras e, na verdade, a gente teria que pensar mais no futebol. Diversos campos de grama natural tem uma qualidade muito ruim. Basta assistir aos campeonatos. A gente vê a qualidade de grama, inclusive do próprio Maracanã", opinou.
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Para o CEO da Soccer Grass, o debate deveria avançar para a padronização dos campos no país, independentemente do tipo de grama. A empresa também administra o gramado da Chapecoense, que subiu para a Série A —
"É importante a gente falar em padronizar os campos. Incluir o Maracanã nisso para melhorar a qualidade do gramado. A Soccer Grass trabalha com os dois tipos de gramado, tanto o sintético como o natural. A gente briga e trabalha muito para que os estádios tenham bons gramados esportivos, sintético ou natural”, disse.
Arena Condá, da Chapecoense
Alessandro ressaltou que o estádio do Palmeiras passa por testes regulares exigidos pela Fifa, realizados por laboratórios internacionais. Segundo ele, isso não ocorre com o mesmo rigor para gramados naturais no Brasil.
“A gente tem que ter bons gramados. Para isso, teria que aplicar os mesmos testes dos gramados sintéticos, que a Fifa manda os laboratórios aqui, nos gramados naturais. A cada três, quatro meses. Porque no gramado natural, diferente do sintético, se não fizer o manejo correto, dois, três meses já tá com problema”.
“Qual é o padrão? É o que a Fifa testa no Allianz Parque, por exemplo. Qual seria o padrão dos gramados naturais? Repetir exatamente esses testes nos gramados naturais para ter um parâmetro. Hoje não tem parâmetro para o gramado natural”, acrescentou Alessandro.
Na avaliação do empresário, o sintético oferece vantagens operacionais — como menor custo de manutenção, regularidade do campo ao longo do ano e possibilidade de uso contínuo — independentemente das condições climáticas. Para Alessandro, a realidade do futebol brasileiro, com excesso de jogos e variabilidade de clima, dificulta a implementação de gramados naturais de qualidade.