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Na nota conjunta publicada pelos clubes nas redes sociais, eles ressaltaram que não existe uma regulamentação de gramados no Brasil. Além disso, as equipes reforçaram que o sintético supera gramados naturais mal conservados, realidade em muitos estádios do país.
“Reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país”, dizia o comunicado.
O texto reforça, ainda, que não existem evidências científicas que comprovem que o gramado sintético aumente a possibilidade de lesões.
“É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos”, dizia o texto.
Críticas
O pronunciamento foi feito dias após o Flamengo protocolar, junto à CBF, na segunda-feira (8) uma proposta de padronização dos gramados do futebol brasileiro, com sugestões para, segundo o clube carioca, elevar a qualidade dos campos. Entre as propostas, há a proibição da utilização do gramado sintético.
Após o pedido dos cariocas, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, enviou à imprensa uma resposta à proposta apresentada pelo Rubro-Negro. A paulista criticou o estado de conservação do gramado do Maracanã e apontou que ‘o Flamengo, no dia em que tiver um estádio próprio, pode instalar nele o tipo de gramado que quiser’.
Intervenção da CBF
Após a polêmica, o presidente da CBF, Samir Xaud, se pronunciou sobre o assunto.
“Essa questão é de cada clube. Cada clube tem o seu estádio, tem o seu campo. Gramado é uma coisa que nós ainda vamos parar para sentar e discutir. Temos clubes que têm gramados sintéticos, clubes que têm gramados naturais, cada um vai defender o seu lado. Mas vai chegar uma hora que vamos ter que sentar e discutir em relação a isso”, disse Samir Xaud na zona mista do Prêmio Brasileirão 2025, na noite de segunda.
Leia a nota conjunta na íntegra:
“Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.
Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.
Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.
É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.
O tema da qualidade dos gramados é legítimo, saudável e necessário. Porém, deve ser conduzido com responsabilidade, dados objetivos e conhecimento técnico, e não com narrativas que distorcem a realidade, desinformam o público e desconsideram a complexidade do assunto.
Athletico Paranaense – Atlético – Botafogo – Chapecoense – Palmeiras”