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Fundador da Máfia Azul se revolta com ataque da Mancha e revela rejeição de aliadas

Éder Toscanini afirmou ter tido contato com representantes de organizadas aliadas à Mancha que repudiaram o ataque contra a Máfia Azul

Tosca, fundador da Máfia Azul, detonou Mancha Alviverde por morte de cruzeirense em emboscada

Fundador da Máfia Azul, Éder Toscanini fez duras críticas à emboscada da Mancha Alviverde, neste domingo (27), que causou a morte do torcedor do Cruzeiro José Victor Miranda, no Km 55 da BR-381, e feriu outros 17.

Em entrevista à Itatiaia, Tosca, como é conhecido, afirmou ser contra violência, mas disse que essa ação tende a “gerar mais sangue”. Além disso, o fundador da Máfia Azul revelou que a emboscada não foi bem vista entre as aliadas da organizada alviverde.

“O que fizeram hoje foi uma barbárie, uma violência, uma imbecilidade. As próprias torcidas aliadas da Mancha Alviverde estão contra ela. Já recebi telefonema de pessoal da torcida do Atlético, que é aliada deles. Recebi telefonema do pessoal do Coritiba, do Santa Cruz, que são aliadas da Mancha, descendo o cacete. Integrantes da Galoucura falando que é um absurdo, uma vergonha”, disse Éder Toscanini.

“Várias aliadas deles falaram que isso não é torcida. Recebi áudio de gente falando disso. Sou radicalmente contra qualquer tipo de violência, mas pode ser que sangue vai gerar mais sangue. Violência vai gerar violência. Pode ter certeza disso. A Máfia Azul, com a Galoucura, vai ter a mesma ideologia. A Máfia com a Gaviões vai ter a mesma ideologia. Agora, a Máfia com a Mancha Verde não vai ter ideologia nenhuma”, completou.

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    Emboscada

    A Mancha Alviverde armou uma emboscada para a Máfia Azul na madrugada deste domingo (27), em Mairiporã, no interior de São Paulo. O ataque aconteceu enquanto os torcedores retornavam de Curitiba, rumo a Belo Horizonte, após derrota da Raposa para o Athletico-PR, pelo Brasileirão. Um cruzeirense morreu e outros 18 ficaram feridos.

    O ataque foi uma retaliação ao confronto que as organizadas protagonizaram em 2022, em Carmópolis de Minas. Na oportunidade, a Mancha Azul agrediu diversos palmeirenses. Entre eles estava Jorge Luís, presidente da Mancha Alviverde, que teve até mesmo sua carteira de identidade ‘apreendida’ pelos cruzeirenses na época.

    “Bater em cara deitado, matar o cara. Isso não existe. Tivemos a mesma coisa com eles há dois anos. Ninguém matou ninguém. Todo mundo deitado, mandaram levantar. Muitos nossos levaram os deles para o hospital, mas sem esse negócio de matar. Isso não é torcida. O gostoso da torcida é xingar o cara, brincar, colocar apelido e pronto. Esse negócio de matar… Que isso cara”, acrescentou ‘Tosca’.

    A vítima fatal do ocorrido é José Victor Miranda, 30 anos, que fazia parte da Máfia Azul de Sete Lagoas. Antes da partida, seu pai, que é taxista na cidade da Região Central de Minas, o implorou para que não fosse ao jogo contra o Athletico-PR. Ele era motoboy autônomo e deixa um filho de 10 anos.


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    Jornalista pela PUC Minas, Pedro Leite é repórter do portal Itatiaia Esporte. Tem experiência na cobertura diária de portais, redes sociais e jornal impresso. Apaixonado por futebol, já passou pelo Superesportes.