As lágrimas pela frustração deram lugar ao choro de alegria. Assim pode ser resumida a terça-feira (23) para um torcedor do Atlético de nove anos. Bernard Lucas, que recebeu este nome em homenagem ao
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Fã do lateral-esquerdo Guilherme Arana, o menino foi um dos escolhidos pela Conmebol para entrar com os jogadores no gramado da Arena MRV. No ensaio antes da partida, ele foi colocado do lado onde os atletas do Galo estariam. Porém, na “hora H’, ele foi colocado próximo aos uruguaios. Decepcionado, não segurou as lágrimas.
Coincidentemente, na fila dos atleticanos, o último posicionado para entrar em campo era o camisa 13. Ao perceber, Bernard chamou uma funcionária da entidade máxima do futebol sul-americano e fez apelo especial. Ele queria dar as mãos ao ídolo. Sensibilizada, ela de pronto aceitou o pedido.
Assim que viu Arana de perto e teve o primeiro contato com o ídolo, o ponta-esquerda da escolinha de futebol onde joga, no bairro Cabana, em Belo Horizonte, viu as lágrimas escorrerem; não mais por tristeza. Ao se encaminharem ao gramado, o garoto foi flagrado pelas câmeras. O abraço do ídolo, que lhe conduziu até o centro do campo, mostrou que ele havia o cativado. Arana, bastante atencioso, também não escondeu a importância daquele momento.
Da conversa entre ambos, ficou a promessa de uma camisa do lateral. Porém, ao pedir um funcionário da Conmebol para ir até a escadaria, onde o encontraria, recebeu a negativa. Após realizar o sonho de ver o camisa 13, agora ele aguarda a próxima oportunidade para levar o “manto” para casa.
Coincidência da vida
Mas não foi só Bernard que viveu uma noite especial naquele 23 de abril. O pai, Gleisson, reviu um personagem que também foi protagonista no duelo entre brasileiros e uruguaios. O técnico Diego Aguirre, hoje no aurinegro, lhe deu uma camisa em 2016, quando comandava o Atlético.
Isso aconteceu numa visita à Cidade do Galo, onde ele pôde ver de perto jogadores e comissão técnica. Professor de futebol num projeto social no Cabana, o responsável pelo nome composto do menino, que só não adicionou um “Tardelli” por interferência da esposa, tem história de superação.
Em 1995, quando tinha 11 anos, sofreu acidente com rede elétrica ao solta pipa. Como consequência, ele perdeu os braços e uma perna. Mas nada que o impedisse de seguir a vida e os sonhos; o projeto social, um deles.