SMASH 2025: time brasileiro revela expectativa para Mundial de Wild Rift no Vietnã

Após o vice em 2024, equipe formada por criadores e ex-pro players acredita que o Brasil tem ‘grandes chances’ no maior torneio global de Wild Rift.

Tealz, Shumas, Pilo, Pacheco, Emerok e Aspira irão representar o Brasil no Wild Rounds: SMASH, no Vietnã

O Brasil volta ao cenário internacional de League of Legends: Wild Rift com sede de revanche. Entre os dias 14 e 16 de novembro, o time Wild Capivaras (WCP) representará o país no Wild Rounds: SMASH 2025, no Vietnã, com o objetivo claro de trazer para casa o título que escapou por pouco no ano passado.

A equipe — formada por Emerok (capitão), Tealz, Shumas, Pacheco, Pilo e o treinador Aspira — é a representante oficial das Américas na competição, que reúne criadores de conteúdo e jogadores das principais regiões do mundo, incluindo China, Coreia, Filipinas, Turquia e Vietnã.

O time concedeu entrevista exclusiva à Itatiaia antes de embarcar para o país asiático.

Expectativa positiva

O clima no grupo é de otimismo e união. Vice-campeão em 2024, Pilo destacou que o time chega mais preparado e confiante para a nova edição.

“A expectativa está muito alta, não só minha, mas de todo o time. Ano passado batemos na trave, e agora acredito que temos grandes chances de sermos campeões com essa seleção que montamos”, afirmou o jogador, que vive a transição do competitivo profissional para a criação de conteúdo.

O toplaner Pacheco, um dos estreantes em torneios internacionais, compartilhou a empolgação e reforça o peso de representar o país.

“É difícil até dormir pensando em como vai ser a experiência. É a minha primeira oportunidade internacional e quero abraçar com unhas e dentes para trazer esse troféu para o Brasil. Seria muito especial para o nosso jogo e para toda a região”, disse.

Shumas, jogador mais vitorioso do Wild Rift brasileiro com quatro títulos nacionais, também projeta um novo capítulo após o vice. “Ano passado a gente foi bem, mas faltou algo a mais. Desta vez, estamos muito bem preparados. Esperei muito por esse momento, e sinto que agora é a nossa vez”, completou.

Preparação e estudos intensos

O treinador Aspira, conhecido como “Macro King”, contou que a preparação foi intensa e centrada no formato principal, o 5v5.

“Treinamos muito bem, jogamos contra times fortes da comunidade e apresentamos um jogo sólido. A parte mais difícil é estudar os adversários, já que quase nenhum deles mostra treinos ou táticas publicamente. Mas estamos satisfeitos com o nível que atingimos”, afirmou.

O técnico destacou que a equipe terá o desafio de se adaptar ao meta asiático, mas confia na versatilidade dos brasileiros: “Aqui dentro, o time está perfeito. Agora é chegar no Vietnã, ajustar o que for preciso e encarar o estilo de jogo deles.”

Rivalidades e adversários

Os brasileiros reconhecem o favoritismo da China, que chega ao torneio com ex-jogadores profissionais e campeões mundiais, mas também apontam Coreia e Filipinas como fortes concorrentes.

“Os chineses são muito fortes, mas jogar contra eles vai ser divertido. A expectativa de poder vencê-los dá um gostinho a mais”, disse Aspira. “A Coreia tem jogadores muito bons individualmente, e as Filipinas chegam com o mesmo time campeão do Open da região. Vão dar trabalho”, completou.

União e confiança como trunfos

Além da preparação técnica, o bom ambiente interno é apontado como um dos diferenciais do time.

“Todo mundo já se conhecia e se dá bem. O clima é ótimo, e estamos confiantes. Sabemos que vamos enfrentar equipes muito boas, mas acreditamos de verdade que podemos vencer”, resumiu Pilo.

O mais novo do grupo, Pacheco, vê na convivência com veteranos uma oportunidade de evolução. “Aprendo muito com o Pilo e o Shumas. São caras que eu acompanhava quando só jogava ranqueada. Agora, jogar com eles é uma experiência que vou levar para a vida”, comentou.

Representatividade e futuro do cenário

Mais do que a busca por um título, os jogadores destacam a importância do bom desempenho brasileiro para o futuro do Wild Rift no país. “Se a gente garantir o título, portas vão se abrir. Já tivemos o Open Series com premiação em dinheiro, e vencer o SMASH pode atrair novos eventos, talvez até um Wild Rounds no Brasil”, explicou Pilo.

O jogador reforçou que bons resultados chamam a atenção da Riot e da comunidade internacional: “O Brasil tem bons números de público e conteúdo. Se conquistarmos a taça, o olhar da China sobre nós vai ser ainda melhor — e isso pode mudar o rumo do nosso cenário.”

Wild Rounds: SMASH 2025

  • De 14 a 16 de novembro – Vietnã
  • Transmissão ao vivo no canal oficial de Wild Rift

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Já atuou em diversas áreas do jornalismo, como assessoria de imprensa, redação e comunicação interna. Apaixonado por esportes em geral e grande entusiasta dos e-sports

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