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Caso Robinho: STJ nega recurso da defesa para envio de processo da Itália

Defesa de Robinho pedia acesso à íntegra da sentença transcrita e traduzida para verificar se o processo foi respeitado no exterior

STJ negou recurso da defesa de Robinho para envio de processo da Itália ao Brasil

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, um recurso da defesa do ex-jogador Robinho, em meio a processo que pode determinar a prisão dele no Brasil por estupro coletivo. A decisão aconteceu nesta quarta-feira (16), quando o julgamento foi retomado.

A defesa do ex-jogador pedia acesso à íntegra da sentença transcrita e traduzida para verificar se o devido processo legal foi respeitado no exterior. O pedido foi inicialmente negado, o que motivou recurso dos advogados. A decisão do STJ, entretanto, aponta que a Itália não será obrigada a enviar a íntegra do processo que condenou Robinho por estupro, e que a sentença será suficiente para a análise do caso.

O processo que corre no STJ pode culminar com a prisão de Robinho no Brasil. Com a impossibilidade de extradição do ex-jogador, a Justiça italiana pediu a “Homologação de Decisão Estrangeira”. Se a solicitação for aceita, ele cumprirá pena em território nacional.

Com a negativa do recurso, a defesa de Robinho pode acionar, ainda, o Supremo Tribunal Federal (STF).

O Caso Robinho

Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão por participação em estupro coletivo. O brasileiro recorreu da sentença e, em janeiro de 2022, foi condenado em última instância, não cabendo mais recursos.

A Justiça italiana pediu que Robinho cumpra a pena no Brasil, uma vez que o país não extradita cidadãos brasileiros. Em fevereiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) concordou em transferir a pena.

Cabe agora, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisar a sentença italiana. O STJ vai avaliar se a decisão atende os requisitos para ser cumprida no Brasil.

A garota identificou outros quatro homens (Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan) na noite em que foi violentada. Esses quatro não foram julgados e condenados porque voltaram para o Brasil.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.