O Ministério Público de Goiás investiga a atuação de uma quadrilha no futebol. Os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A Operação Penalidade Máxima teve, até agora, duas fases. A Itatiaia detalha quem são os jogadores formalmente denunciados.
Denunciados na segunda fase
Eduardo Bauermann (Santos), Victor Ramos (à época na Portuguesa, hoje na Chapecoense), Igor Carius (à época no Cuiabá, hoje no Sport), Paulo Miranda (à época no Juventude, hoje sem clube) e Fernando Neto (à época no Operário-PR, hoje no São Bernardo) foram denunciados no Art. 41-C do Estatuto do Torcedor.
A pena: reclusão de dois a seis anos de reclusão
O artigo pune quem solicita ou aceita vantagem ou promessa de vantagem para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva.
Gabriel Tota (à época no Juventude, hoje no Ypiranga-RS), Matheus Gomes (sem clube) foram denunciados no Artigo 41-D do Estatuto do Torcedor.
Pena: reclusão varia de dois a seis anos e multa.
O artigo pune quem dá ou promete vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva ou evento a ela associado.
Denunciados na primeira fase
Romário (ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá), Gabriel Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano), Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã) e Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR) foram alvos da primeira fase da Operação Penalidade Máxima.
Eles viraram réus por participarem do esquema de manipulação e responderão por organização criminosa (pena de três a oito anos e multa) e corrupção ativa (pena de dois a 12 anos).
Fora do campo
Bruno Lopez de Moura, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Gabriel Ferreira Neris, Romário Hugo dos Santos, Pedro Gama e Matheus Phillippe Coutinho Gomes são os aliciadores e financiadores do grupo. Alguns deles são denunciados mais de uma vez - Bruno e Luís Felipe, por exemplo, foram enquadrados no mesmo artigo 13 vezes.
O grupo composto por aliciadores e financiadores do esquema conta com nove pessoas. Efetivamente, são as pessoas que abordaram os jogadores oferecendo valores para cometer pênalti ou ser punido com cartão. Partida deles também o dinheiro para pagar os jogadores que topavam fazer parte do esquema.
Bruno Lopez de Moura é tido como o chefe da organização. Ele é ex-jogador e é casado com Camila da Silva Mota - que também tem seu nome ligado a pagamentos com jogadores.