Não há como dissociar o peso da torcida do Sant Cruz e a sua grandeza histórica no cenário nacional, com o vexame pelo qual tem atravessado o clube nos últimos anos. Afinal, presente no top-13 das maiores torcidas do país na pesquisa revelada no mês passado pela
O Santa Cruz já disputou esta competição em 2009, 2010, 2011, ano em que conquistou o acesso à Série C como vice-campeão, e 2022. Campeão da Copa do Nordeste 2016, mesmo ano em que disputou a Série A e acabou rebaixado, o Tricolor está amargando o “fundo do poço”, ou última divisão do Campeonato Brasileiro, pelo segundo ano consecutivo. Em 2022, a equipe coral foi eliminada nas oitavas de final pelo Tocantinópolis.
Este ano, entretanto, convive com um agravante em relação ao ano anterior. Uma pressão extra: o Santa Cruz não conseguiu garantir a vaga na Série D 2024 no Campeonato Pernambucano. Eliminado nas quartas de final pelo Petrolina, o Tricolor só terá uma divisão no próximo ano em caso de acesso à Série C.
Em Recuperação Judicial e buscando se transformar numa SAF, o clube vive um cenário dramático para um gigante com estimativa de 1,64 milhão de torcedores, o que 1% da torcida nacional e dá ao Santa Cruz o peso de estar empatado no top-13 das maiores massas nacionais ao lado de clubes como Athletico-PR, Botafogo, Ceará, Coritiba, Fluminense e Fortaleza, conforme aponta a pesquisa CNN/Itatiaia/Quaest.
Como chega o Santa Cruz para a Série D
O Santa Cruz chega ferido para o Campeonato Brasileiro. Eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste, na segunda fase da Copa do Brasil e nas oitavas de final do Campeonato Pernambucano, a equipe coral tem em nomes como o meia Chiquinho, o atacante Pipico e o goleiro Michael os grandes destaques da equipe comandada por Felipe Conceição. Sem grandes recursos financeiros, a grande aposta tricolor segue sendo o conjunto e a força da torcida.
Regulamento da Série D
Ao todo, 64 clubes disputam a Quarta Divisão, o que remete ao maior número de participantes dentre os quatro Brasileiros. Por uma questão de custos, a competição tem um formato regionalizado, com os times divididos em oito grupos com oito representantes que disputarão partidas de ida e volta. Classificam-se os quatro melhores de cada chave.
A partir daí, segue o famoso cruzamento olímpico, com mata-mata. As equipes que chegam às semifinais estão automaticamente garantidas com o acesso à Série C.
O Santa Cruz está no Grupo A3, que também com o Iguatu-CE, Campinense-PB, Globo-RN, Nacional-PB, Pacajus-CE, Potiguar-RN e Sousa-PB.
Existe premiação na Série D?
Sim, a Série D também oferece uma cota financeira aos participantes. Este ano, o valor subiu de R$ 120 mil em 2022 para R$ 300 mil. O repasse feito pela CBF aumentou de R$ 9,44 milhões para R$ 25,4 milhões - quase 170% de aumento em relação à última competição.
Além da cota inicial, a cada fase avançada, as equipes recebem uma premiação de mais R$ 100 mil. O campeão da Série D irá somar R$ 900 mil, o máximo possível. O acesso, por sua vez, valerá R$ 700 mil.
Transmissão da Série D
Os direitos de transmissão da Série D são da CBF. Porém, por enquanto, a entindade máxima do futebol brasileiro ainda não definiu como se dará a competição. Havia um contrato com a InSports TV até 2025, mas a empresa desistiu de seguir adiante no mês passado. Com isso, a primeira rodada do Brasileiro, por exemplo, não será transmitida em canto algum.
Santa Cruz x Iguatu
Santa Cruz
Michael; Léo Fernandes, Guedes, Ítalo Melo e Marcus Vinícius; Anderson Paulista, Fabrício Bigode e Chiquinho; Lucas Silva, Emerson Galego e Pipico. Técnico: Felipe Conceição.
Iguatu
Marcelo; Talisson Calcinha, Regineldo, Max Oliveira e Wender; Gleidson, Guidio e Pedrinho; Caxito, Alisson Araçoiaba e Zé Love. Técnico: Washington Luiz.
Motivo: primeira roda da da Série D.
Data e hoário: 8 de maio (segunda-feira), às 20h (de Brasília).
Local: Arruda, no Recife.
Árbitro: Julian Negreiros de Castro (AC).
Assistentes: José Daniel Torres de Araújo e Dhiego Cavalcanti Pereira (ambos de PE).
Transmissão: não há.
