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Conselheiros do Atlético questionam modelo de eleição que os beneficiou no passado

Conselheiros do Atlético entram em conflito nos bastidores após eleição do Conselho Deliberativo em outubro

Lásaro Cândido e Rodolfo Gropen saíram em defesa a Cláudio Utsch após eleição

A eleição que definiu Ricardo Guimarães como o novo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético parece não ter fim. Nas últimas horas, após os conselheiros Lásaro Cândido e Rodolfo Gropen terem assinado uma carta de defesa a Cláudio Utsch - ex-presidente do Conselho de Ética e que alega irregularidades no último pleito -, o Galo rebateu as denúncias por meio de uma nota oficial nesta quinta-feira (17).

De acordo com a nota do clube, a eleição “transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo ‘modus operandi’ das últimas eleições deste Conselho”.

Como a Itatiaia vem acompanhando, no dia 8 de agosto, durante a Assembleia Geral, a chapa única Galo Triplete foi eleita para as 150 vagas de conselheiros eleitos e para as 75 vagas de conselheiros suplentes. A reunião aconteceu no último dia 8 de agosto.

Segundo a denúncia de Cláudio Utsch, na Assembleia, foram eleitos conselheiros que não cumpriam com os requisitos para concorrer ao pleito. Como resposta, a nota oficial do Atlético, publicada nas redes sociais, diz que Lásaro Cândido, Rodolfo Gropen e Utsch foram eleitos sob o mesmo procedimento.

Ainda de acordo com o atual presidente do Conselho Deliberativo, a desavença está sendo criada por conta da possível mudança de nome da Arena MRV, que levaria o nome de Elias Kalil, ex-presidente e pai de Alexandre Kalil. Nos bastidores, uma mudança dos naming rights do estádio é estudada e uma nova votação deve acontecer nos próximos meses.

Veja a nota publicada pelo Atlético na íntegra:

1 – A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 8 de agosto do corrente ano, que elegeu a chapa única Galo Triplete para as 150 vagas de conselheiros eleitos e 75 vagas de conselheiros suplentes, “transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo “modus operandi” das últimas eleições deste Conselho”.

2 – Os procedimentos nela adotados foram rigorosamente iguais aos das últimas Assembleias Gerais ocorridas com a mesma finalidade, inclusive na que aconteceu durante a gestão do conselheiro Rodolfo Gropen como presidente do Conselho, período em que o conselheiro Lásaro Cândido ocupava o cargo de vice-presidente executivo do Clube. Aliás, importante deixar claro que o mesmo fato que Rodolfo Gropen contesta ocorreu em sua própria eleição para conselheiro. Ele foi nomeado conselheiro do Clube em agosto de 2010, mas se tornou efetivamente sócio da Vila Olímpica somente em abril de 2009 – data em que iniciou os pagamentos – portanto menos de dois anos depois de sua integração ao quadro social. Da mesma forma, Lásaro Cândido foi eleito conselheiro na mesma data e iniciou os pagamentos do clube social em junho de 2009. Dessarte, ambos querem, agora, se beneficiar de suas próprias torpezas!

3 – A carta contida nas referidas reportagens, assinada pelos conselheiros supracitados, causa-nos enorme estranhamento. Até porque, caso algum procedimento não tivesse ocorrido dentro das normas e da tradição, a chapa deveria ser impugnada dentro do prazo legal, conforme rege o Estatuto do Clube, o que não ocorreu. Mais: se tivesse havido eventual desacerto, era obrigação do presidente do Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo, cargo ocupado à época do pleito pelo conselheiro Cláudio Utsch, reagir de imediato contra supostas violações, o que não aconteceu;

4 – A Massa Atleticana precisa saber que todo esse “blá-blá-blá” nada mais é do que uma tentativa de jogar uma “cortina de fumaça” sobre a eminente mudança de nome da Arena MRV, decisão essa, sim, aprovada de forma obscura, em votação na calada da noite, nos instantes finais de uma reunião do Conselho que sequer tinha o referido assunto em pauta;

5 – Não tendo argumentos para contestar a decisão deste Conselho de levar à votação a mudança de nome da nossa nova casa, o que se tenta é um despiste das reais intenções, a fim de confundir a sociedade e a Massa Atleticana, com atitudes oportunistas e acusações levianas, típicas de quem coloca interesses pessoais acima dos coletivos;

6 – Por óbvio, a possibilidade de alteração do nome do estádio não configura desrespeito à história de Elias Kalil. Ao contrário. Dar o seu nome a um estádio no qual não teve qualquer participação ou influência não faz justiça à sua obra no Clube. A propósito, o que se pretende não é impor nenhum nome, mas democratizar tal escolha, oportunizando aos conselheiros decidir de maneira transparente e oportuna sobre tema de tamanha relevância e simbolismo;

7 – Por fim, reiteramos que está mantida a Reunião Extraordinária deste Conselho Deliberativo, a ser realizada no dia 21 de novembro, bem como todas as pautas contidas no Edital de Convocação.

Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro

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