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Ozzy Osbourne morre após seis anos de diagnóstico de Parkinson

Músico de 79 anos foi diagnosticado em 2019 e revelou ao público um anos depois; Ozzy já não conseguia mais andar desde fevereiro deste ano

Ozzy Osbourne fez seu show de despedida no dia 5 de julho

O cantor Ozzy Osbourne morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos. O músico sofria de Parkinson desde 2019 e revelou ao público um ano depois, em 2020.

Com a doença em estado avançado e lesões na coluna, Ozzy já não conseguia mais andar desde fevereiro deste ano. Ele fez seu último show no dia 5 de julho na sua cidade natal, Birmingham, na Inglaterra.

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo. A Organização Mundial da Saúde estimou que doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e Alzheimer, se tornarão a segunda principal causa de morte no mundo até 2040, superando as mortes relacionadas ao câncer.

Um estudo publicado na revista British Medical Journal (BMJ) também estima que até 2050 haverá 25,2 milhões de pessoas com a doença de Parkinson

Doença de Parkinson não tem cura

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo, caracterizado pela degeneração de neurônios dopaminérgicos em uma área específica do cérebro chamada ‘substância negra’.

‘Os tremores são os sintomas mais conhecidos, mas não os únicos e nem os mais incapacitantes. Embora frequentes, eles não estão presentes em todos os pacientes e não são necessariamente o primeiro sinal da doença’, explica a médica geriatra mineira da Saúde no Lar, Simone de Paula Pessoa Lima.

Além dos tremores em repouso, a doença apresenta outros sintomas como rigidez muscular, bradicinesia (lentidão de movimentos) e instabilidade postural. Há também sintomas não motores, igualmente impactantes, como depressão, distúrbios do sono, constipação, disfunção olfatória e comprometimento cognitivo progressivo.

Segundo a geriatra, até o momento, não há exame específico ou protocolo de rastreio eficaz para prevenção da doença. ‘O diagnóstico é clínico, baseado na avaliação neurológica especializada. No entanto, medidas preventivas comuns a todas as doenças podem ser incorporadas como prática regular de atividade física, dieta equilibrada, estímulo cognitivo e controle de fatores cardiovasculares, como hipertensão e diabetes’, ressalta a médica à Itatiaia.

Apesar de não ter cura e uma prevenção absoluta, estudos indicam que manter hábitos saudáveis pode reduzir o risco.

‘Exercícios aeróbicos regulares, dieta saudável e balanceada, engajamento social, sono reparador e manejo do estresse são estratégias que contribuem para a neuroproteção. A detecção precoce de sintomas e o encaminhamento a neurologistas e geriatras especializados também são fundamentais’, explica a geriatra Simone de Paula.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde