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Faustão: especialista ‘alerta’ para riscos mesmo após alta médica

Faustão passou por transplante de fígado. Pacientes precisam tomar imunossupressores e realizar acompanhamento médico regular

Faustão em entrevista ao SBT

Faustão recebeu alta hospitalar na manhã desta quinta-feira (28), após quase 100 dias de internação. Nos últimos meses, o apresentador passou por dois transplantes, de fígado e rim.

O principal risco após o transplante é a infecção. Isso pode ocorrer por infecções comuns a mais graves, que acontecem com sistema imunológico enfraquecido. Para minimizar o risco, os pacientes costumam receber medicamentos antimicrobianos durante a recuperação.

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Sobre o transplante de fígado, de acordo com Silvério Garcia, coordenador do serviço de transplantes do Hospital Universitário Ciências Médicas de Minas Gerais, o paciente deve ficar internado por ao menos 20 dias após o procedimento. É necessário também realizar um acompanhamento médico rigoroso e tomar remédios imunossupressores, para evitar rejeição.

O acompanhamento médico regular é essencial para garantir a eficácia do tratamento e identificar precocemente possíveis complicações.

Internação

A internação de Faustão, de 75 anos, completou três meses na quarta-feira (21). Ele deu entrada no Einstein Hospital Israelita, em São Paulo, no dia 21 de maio para tratar uma infecção bacteriana aguda com sepse, mas, por conta de outros problemas de saúde, precisou continuar hospitalizado.

Faustão: problemas de saúde

Ao todo, Faustão já passou por quatro órgãos: dois rins, um coração e um fígado. No dia 5 de agosto de 2023, ele foi internado com insuficiência cardíaca e acabou apresentando piora no quadro. Por isso, precisou entrar na fila de transplante de coração do SUS.

O procedimento foi feito no dia 27 daquele mês, seguindo a ordem prioritária da Secretaria Nacional de Transplantes - o apresentador era o segundo da fila e só pôde fazer a cirurgia após recusa do primeiro.

Já no dia 26 de fevereiro de 2024, cerca de seis meses depois, Faustão passou pelo primeiro transplante de rim. O apresentador foi submetido ao procedimento cirúrgico após agravamento de uma doença renal crônica.

Nesta última internação, além de tratar a grave infecção e o quadro de sepse, ele precisou passar pelos dois novos transplantes. Ele transplantou o fígado e, novamente, o rim, por conta de problemas hepáticos e renais.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia