Carlinhos de Jesus enfrentou várias tragédias pessoais antes de ser diagnosticado com “
Segundo Carlinhos de Jesus, até meses atrás, ele cumpria agenda de apresentações, palestras e programas diversos. Porém, “tudo mudou” em junho. O relato foi compartilhado com a revista Veja.
“Estava no meio de um trabalho no Rio Grande do Sul e comecei a sentir dores lancinantes no corpo. Voltei ao Rio e pedi à minha mulher que me levasse ao hospital para investigarmos a situação. Não estava aguentando mais tanto sofrimento”, recorda.
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“Aí deram o diagnóstico: bursite bilateral nos quadris, associada a tendinite nos glúteos. Fiquei quinze dias internado, à base de morfina”, acrescenta.
Após a descoberta, Carlinhos iniciou uma lista de cuidados para retomar a vida. “Faço fisioterapia quatro vezes por semana, musculação outras quatro, acupuntura, e continuo com medicação”.
Sobre a causa da doença, ele destaca que é “incerta”, no entanto, “o impacto acumulado de uma vida toda dançando” pode ter contribuído. “Em meio à dor que persiste, sigo adiante, me adaptando como posso às circunstâncias.”
Tragédias pessoais
Conforme Carlinhos, “a dança sempre foi um alicerce” e lhe ajudou a lidar com “vários lutos”, como a morte do sobrinho, dos pais e do filho, que foi assassinado aos 32 anos no Rio de Janeiro.
“Vivi vários lutos — a morte do meu sobrinho e da minha mãe, que tiraram a própria vida, e a perda do meu pai e também do meu filho, neste caso de forma inesperada e violenta, assassinado no Rio em 2011, aos 32 anos. Curiosamente, sempre estava dançando quando vinha a notícia e dançando eu ia em frente, como uma forma de estar comigo mesmo, controlar a ansiedade e lidar com a tristeza”, explica.
O coreógrafo conclui: “Já fiquei sem chão muitas e muitas vezes e superei. É o que vai acontecer agora. Tenho fé e batalho com todas as ferramentas que estão ao meu alcance para sair dessa cadeira. À noite, quando fecho os olhos, me vejo de pé outra vez. Olho para o futuro com otimismo. Uma certeza eu tenho: não importa o que aconteça, nunca vou largar a dança”.
Assassinato do filho
Vale lembrar que Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, foi assassinado em 19 de novembro de 2011 por um policial militar chamado Miguel Ângelo da Silva Medeiro.
Dudu saía de um bar em Realengo, no Rio, após apresentar com o Samba Firma, seu grupo de pagode. O artista foi atingido por disparos.
O ex-policial agiu contra Dudu por “ciúmes” da ex-namorada, que estava com o músico.