Cristiano, que faz dupla com Zé Neto, fez um alerta no início do mês ao se deparar com
Segundo ele, Pietra, de 8 anos, ganhou os adesivos de capivara em seu aniversário. “Olha, só passei por cima, nem peguei todos. Olha: faquinha no pescoço, forca no pescoço, cervejinha”, mostrou o sertanejo.
“Eu tenho certeza que se tiver algum psicólogo, psiquiatra infantil, vai falar que isso atrapalha sim, influência sim. Não é legal eles verem isso, porque vão achar que é bonito e normal”, opina o cantor.
O que diz a psicologia?
Alexander Bez, psicólogo, escritor e especialista em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM), pontua: “Pais precisam, antes de tudo, combinar informação, bom senso e iniciativa: é essa tríade que garante proteção aos filhos e diálogo franco sobre o ambiente que os rodeia. Hoje, meninos e meninas de sete ou oito anos já navegam por um oceano de dados que, nos anos 1990, seria inimaginável para alguém da mesma idade”, acrescenta.
“Por isso, iniciativas de conscientização são inadiáveis. Estamos lidando com uma fase fundamental do desenvolvimento infantil, e a criança deve aprender desde cedo que violência e agressividade nunca são resposta”, continua.
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O especialista alerta: “Minha preocupação maior reside nos conteúdos aparentemente inocentes, figurinhas, desenhos, adesivos, que podem esconder erotização, violência ou apatia. São estímulos sutis que, lentamente, moldam a percepção infantil, fazendo com que o anormal pareça normal. Isso altera a forma de interpretar o mundo, reagir e se comportar.”
“Essa invasão possui dupla face: para a criança, tudo pode soar lúdico; para os pais, provoca impactos profundos. E, muitas vezes, há intencionalidade nesse movimento: gerar estresse, confundir valores, reconfigurar costumes”, esclarece.
O psicólogo enfatiza que “a exposição precoce pode desencadear sintomas que vão de ansiedade e distúrbios alimentares a insônia e quadros depressivos, em crianças e adultos.”
"É por isso que a atenção precisa ser redobrada. O que parece mero brinquedo ou decoração pode carregar mensagem nociva. Hoje, a maldade costuma vestir fantasia de diversão”, encerra.