O filme ‘O Último Azul’ (The Blue Trail), dirigido por Gabriel Mascaro (‘Boi Neon’, ‘Divino Amor’), conquistou, neste sábado (22), o Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri no
Considerada a segunda maior honraria do evento, a premiação reconhece a força e originalidade da produção brasileira, que também foi agraciada com o
O tapete vermelho contou com a presença de Gabriel Mascaro, da protagonista Denise Weinberg e de
O Prêmio do Júri Ecumênico reconhece filmes que retratam valores espirituais, humanos ou sociais. Já o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost é concedido por 12 jurados leitores do jornal alemão, que elogiaram a forma como o longa aborda temas como liberdade, amizade e autodeterminação em um mundo distópico. “Uma joia de esperança”, destacou a justificativa do prêmio.
Mascaro comemorou os prêmios e ressaltou a importância do reconhecimento do público: "É muito especial receber o carinho de quem realmente se envolve com o cinema. Esse tipo de feedback dá vida ao nosso filme.”
A história de ‘O Último Azul’
Situado em um Brasil distópico, ‘O Último Azul’ acompanha Tereza (Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos forçada pelo governo a se mudar para uma colônia habitacional destinada a idosos. Antes do exílio compulsório, ela embarca em uma última jornada para realizar um desejo especial. O elenco conta ainda com Rodrigo Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás.
Aplaudido de pé durante sua estreia mundial na Berlinale, em 16 de fevereiro, o longa é uma coprodução entre Brasil, México, Chile e Países Baixos. A estreia nos cinemas brasileiros está prevista para 2025.
Mascaro, que já participou da Berlinale em 2019 com ‘Divino Amor’, coloca ‘O Último Azul’ entre os destaques do cinema brasileiro no festival. O longa é o primeiro filme nacional a competir pelo Urso de Ouro desde 2020, seguindo os passos de produções como ‘Central do Brasil’ (1998), de Walter Salles, e ‘Tropa de Elite’ (2008), de José Padilha, ambos vencedores da principal premiação do evento.