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Em lágrimas, Lexa descreve diagnóstico que a fez perder bebê: ‘dor de cabeça e de estômago’

Lexa decidiu falar pela primeira vez sobre a doença, que a fez perder primeira filha

Filha de Lexa morre três dias após o parto

Lexa contou que antes do diagnóstico de pré-eclâmpsia apresentou alguns sintomas e, após perder o bebê, destacou que quer alertar outras mulheres sobre a gravidade da doença.

“Eu sentia uma dor de estômago muito forte, minha dor de cabeça já não passava, minha mão já estava de uma maneira que não fechava mais”, disse ela em entrevista que vai ao ar no Fantástico, no próximo domingo (23).

“As pessoas precisam entender o quão grave é uma pré-eclâmpsia”, acrescenta Lexa em lágrimas. Na entrevista, a cantora aparece ao lado do noivo, o ator Ricardo Vianna.

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Após o anúncio de sua participação no programa, Lexa se manifestou nas redes sociais. “Dei essa entrevista na intenção de alertar as mulheres, mesmo doendo em mim, é uma maneira de desabafar e informar o quão grave é a pré-eclâmpsia - síndrome Hellp”.

“Os sintomas devem ser levados a sério. Gravidez não é doença, mas é sério! Espero em Deus que essa entrevista ajude muitas mulheres”, pontua Lexa.

Sofia morreu no dia 5 de fevereiro, três dias após o nascimento. A cantora havia sido internada no dia 20 de janeiro em São Paulo. “Eu tô vivendo o meu luto e o meu deserto, tenho fé que em breve sairei dele. Eu experimentei do maior amor do mundo e da maior dor também. Por hora eu só quero ficar quietinha. Depois que somos mães, uma pessoa nova nasce. Espero que essa nova versão sorria de verdade, viva intensamente, volte a trabalhar com muita energia e idealize coisas lindas. Mas, por hora, eu prefiro respeitar a minha solidão. Já já eu volto, não como antes, mas eu volto”, escreveu na ocasião.

O que é Síndrome HELLP?

A pré-eclâmpsia, em alguns casos, pode evoluir para eclâmpsia, que é quando a mãe tem uma síndrome convulsiva. Em outros casos, como o da cantora, a doença pode desencadear a Síndrome HELLP, uma complicação grave. Nem sempre quem tem pré-eclâmpsia terá a síndrome, já que ela é rara e de difícil tratamento.

HELLP é uma abreviação para hemólise, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas. Se a gestante apresenta alguma dessas condições, é feito o diagnóstico da síndrome.

Aluana Rezende Parola, ginecologista e obstetra especialista em medicina fetal e em gravidez de alto risco e professora de Medicina do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH), explica que o único tratamento efetivo para a Síndrome HELLP é o parto e, dependendo da idade gestacional, são feitos alguns procedimentos antes.

“Existem alguns passos antes da gente fazer o parto, como corticoide para amadurecer o pulmão do bebê, medicamentos para controlar a pressão arterial e, principalmente, um monitoramento rigoroso em ambiente hospitalar”, esclarece.

No caso de Lexa, Sofia precisou nascer aos seis meses de gestação. “Caso o parto não seja feito, existem riscos de complicações, que são: insuficiência hepática ou renal, sangramento, edema agudo de pulmão, descolamento da placenta e, até mesmo, óbito materno e fetal nos casos mais graves”.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.