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Preta Gil reflete após quase morrer em hospital: ‘recebi uma segunda chance’

Cantora trouxe detalhes da septicemia sofrida em março

Cantora participou do ‘Mais Você' nesta terça

Com câncer de intestino, a cantora Preta Gil, de 48 anos, revela que quase morreu no hospital após sofrer uma septicemia - infecção que adquiriu após ser contaminada por uma bactéria pelo cateter da quimioterapia. Ela deu detalhes sobre a “segunda chance” de viver - como define - que recebeu durante o “Mais Você”, da TV Globo, nesta terça-feira (6).

“Normalmente, a bactéria entra no nosso organismo. Essa bactéria tá na nossa pele, ela tá na pele de todo mundo, mas essa bactéria especificamente ela entra na corrente sanguínea e causa um estrago dentro do organismo”, conta.

“No meu caso, os órgãos que mais sofreram foram o pulmão, tive uma pneumonia muito grave, o pâncreas e o fígado. Eu tive uma pancreatite muito séria”, acrescenta. A bactéria se alojou no cateter da quimioterapia. “No quinto ciclo não conseguia ficar bem, fiquei acamada e o médico falou que não estava certo. Ele foi até mim e me levou para o hospital imediatamente”, relembra.

Preta teve 4 horas de perda de consciência, precisou ser reanimada e ficou 20 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “A segunda chance que estou tendo agora é o hoje”, enfatiza.

Ela ainda alertou sobre a saúde ser colocada, muitas vezes, em segundo plano. Agora, com o término da radioterapia, ela fará em agosto uma cirurgia para retirada do tumor. “Com esperança de que a rádio tenha diminuído o tumor”, completa. Após o procedimento, ela usará uma bolsa de colostomia para cicatrização do ânus.

Descoberta e sintomas

Preta teve seis meses de prisão de ventre e ficou dez dias sem ir ao banheiro. Mesmo assim, ela não procurou ajuda médica. “Quando eu fazia as fezes, ela tinha sangue, muco e um formato diferente. É importantíssimo nós olharmos nossas vezes. Ela ficou achatada, olhava aquilo e achava normal”, contou. “Como o câncer é no reto, ele impede a passagem. Então elas saem achatadas”, esclarece.

Além dos sintomas, Preta teve “picos de pressão alta” e “muita dor de cabeça”. “O diagnóstico foi uma cefaleia. Acordei numa quinta e, quando fui andar até o banheiro, senti escorrer sangue das minhas pernas. Era muito sangue. Tive um desmaio, me levaram às pressas para o hospital, médicos pediram exames, tomografia. Na primeira, apareceu um tumor de seis centímetros”, relembra.

Ela conta que não tinha feito exame de colonoscopia - que visualiza o intestino - e alerta que todo mundo aos 45 anos deve fazer. “Não espere passar mal, sentir alguma coisa”, destaca. Sobre o tumor, ela completa: “a parte maligna dele é um pólipo pequeno, no meio dele, como se fosse uma carne”.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.