A primeira metade do debate promovido pelo jornal “Folha de S. Paulo” e pelo portal “Uol” para a Prefeitura de São Paulo (SP), nesta segunda-feira (30), foi marcada principalmente pela pressão de Pablo Marçal (PRTB) aos demais candidatos
Marçal desafiou o atual prefeito e candidato à reeleição a citar versículos da Bíblia. Ricardo Nunes, católico praticante, tem ampliado a agenda de campanha em igrejas evangélicas na busca de ampliar votos no segmento que tem sido disputado ativamente com o empresário.
“A Bíblia tem mais de 30 mil versículos. Ele [Nunes] não consegue citar nem dois”, disse Marçal.
Ricardo Nunes rebateu: “Diz o Salmo 133: quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. Você só veio para tumultuar, Pablo Henrique.”
Também questionada sobre o tema por Marçal, Tabata Amaral aproveitou para discorrer toda a experiência religiosa que tem. A candidata do PSB é católica praticante.“Cristão demonstra pelos seus atos e não nas palavras. Desonesto, quem fala e mente não é cristão”, disse Tabata para Marçal.
DROGAS
A pressão ideológica de Marçal a Boulos girou em torno do uso e acesso a drogas. O empresário voltou a questionar o deputado se ele já usou maconha. O deputado aproveitou para revelar que usou a droga “uma vez na vida”, durante a adolescência.
“Maconha só, eu provei uma vez, mas na adolescência. Nunca mais. Deu uma dor de cabeça danada”, disse Boulos, que voltou a negar o uso de cocaína.
No início da campanha eleitoral, Pablo Marçal insinuou que Boulos seria usuário de cocaína. Ocorre que a informação surgiu de forma equivocada, se baseando apenas em um processo judicial movido contra um homônimo de Guilherme Boulos.