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Entenda o que é voto útil, estratégia que está dividindo o eleitorado em BH

Prática costuma ser defendida por candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto e rechaçada por quem não quer perder eleitores

Exemplar da urna eletrônica

A campanha para a prefeitura de Belo Horizonte está na reta final e um assunto que tem mobilizado parte do eleitorado belo-horizontino: o voto útil.

A prática costuma ser defendida por candidatos que figuram na frente nas pesquisas de intenção de voto e rechaçada por quem não quer perder eleitores.

O voto útil ocorre quando o eleitor vota estrategicamente em um candidato que não necessariamente é a sua opção principal, com o objetivo de levar outro candidato à derrota.

As pesquisas de intenção de voto são o motor dessa estratégia, pois considera o cenário trazido por elas para que o eleitor direcione seu voto.

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Assim, deixa-se de levar em conta valores individuais de acordo com a finalidade: evitar um “mal maior” e eleger o candidato “menos ruim” ou tentar antecipar para o primeiro turno uma escolha que o eleitor só faria somente segundo turno.

Em Belo Horizonte, por exemplo, parte do eleitorado progressista que votaria em Rogério Correia (PT), fala em voto útil na candidata Duda Salabert (PDT) ou Fuad Noman (PSD) para evitar um segundo turno entre Mauro Tramonte (Republicanos) e Bruno Engler (PL).

Mas sem uma frente ampla de esquerda para disputar a corrida pela prefeitura da capital, figuras políticas como Jô Moraes (PCdoB), Richard Romano, presidente municipal PCdoB, Bella Gonçalves (PSOL) e Rogério Correia, tem se posicionado contra o chamado voto útil, como mostrou a Itatiaia.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.