Candidato à Prefeitura de São Paulo (SP) pelo PSOL, Guilherme Boulos quer publicar, de novo, o vídeo de direito de resposta em uma rede social do adversário Pablo Marçal (PRTB).
O deputado federal acionou a Justiça Eleitoral alegando que houve um atraso de 11 horas na publicação. Isso, segundo a defesa de Boulos, teria sido uma estratégia para que postagem tivesse um alcance menor entre os seguidores de Pablo Marçal.
A publicação na rede do empresário também usou uma tela preta no destaque do vídeo no Instagram. Somente quem clicasse nele conseguiria assistir o direito de resposta.
O coach foi condenado a publicar um direito de resposta do seu adversário após ter, reiteradas vezes, dito em debates e entrevistas que Boulos era “cheirador de cocaína” e que provaria a acusação na reta final da campanha. Em agosto, a Justiça Eleitoral já tinha condenado Marçal a pagar uma multa de R$ 30 mil por difamação.
Além do atraso, Marçal também “afundou” a publicação de Boulos, com uma série de outras postagens na sequência. Em menos de 18 horas, o empresário publicou ao menos 35 vídeos em seu perfil no Instagram, escondendo no feed de sua rede social a publicação de seu adversário.
O vídeo foi postado à 0h desta terça-feira (3) e, nele, Boulos aparece sentado em uma mesa e olha diretamente para a câmera para se defender. No depoimento, o candidato diz que as filhas chegaram chorando em casa, depois da escola, após colegas terem dito sobre o suposto envolvimento do pai com uso de drogas.
Após a publicação, Marçal divulgou uma série de cortes do programa Roda Viva, em que foi entrevistado na noite desta segunda-feira (2). Com isso, o vídeo de Boulos ficou “escondido” no feed da rede social do coach.