O Partido Novo anunciou a suspensão da filiação do empresário João Amoêdo, um dos fundadores da sigla. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (27), o Novo diz que a Comissão de Ética Partidária da legenda decidiu suspender liminarmente a filiação do empresário.
Amoêdo enfrenta um procedimento disciplinar por violações estatutárias após ele ter declarado apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição.
“O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º. A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados”, diz a nota divulgada pelo Partido Novo.
Há duas semanas, Amoêdo declarou que votaria no ex-presidente Lula em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”. A declaração foi criticada por vários membros do Partido Novo.
Felipe D’Ávila, que disputou a presidência pela sigla no primeiro turno, lamentou a declaração de Amoêdo e disse que o empresário traiu os valores liberais defendidos pela legenda.
“A declaração de voto de Amoêdo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao Partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo que tantos males criou ao Brasil”, disse D’Ávila.