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Ministério Público do Trabalho registra 449 denúncias de assédio eleitoral em Minas

O órgão afirma que há relatos envolvendo empresas de diversos setores econômicos

Em apenas 24 horas, o MPT recebeu mais 75 denúncias de assédio eleitoral em Minas

Em apenas 24 horas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu mais 75 denúncias de assédio eleitoral em Minas. Ao todo, o balanço divulgado pelo órgão, nesta quarta-feira (26), aponta 449 denúncias recebidas pelo MPT, que geraram, por enquanto, 360 investigações.

As denúncias foram registradas principalmente em Belo Horizonte, e Região Metropolitana da capital, mas as unidades do MPT em Varginha, Juiz de Fora e Uberlândia, no interior do estado, também concentram, cada uma, quase 30 denúncias.

O órgão afirma que há relatos envolvendo empresas de diversos setores econômicos, como o comércio varejista de alimentos, roupas, calçados, área da saúde, indústria e até a administração pública de vários municípios.

Desde o primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, já foram firmados 20 termos de ajustamento de conduta, e três ações civis públicas.

Uma das ações, contra dois frigoríficos de Betim, resultou, nesta quarta-feira, em uma liminar que pede a retratação imediata das empresas, por ter obrigado os funcionários a participarem de uma espécie de comício em favor de um determinado candidato.

A Frigobet Frigorífico Betim Ltda. e o Frigorífico Serradão Ltda terão que publicar uma mensagem definida pela justiça, em até 24 horas, ressaltando que os empregados não vão sofrer retaliações e que todos têm o direito de escolher livremente em quem votar nas eleições.

Em caso de descumprimento da liminar, a justiça do trabalho determinou uma multa diária de R$ 20 mil, somada a R$ 10 mil por trabalhador prejudicado.

Na ação, que ainda será julgada de forma definitiva, o MPT também pediu uma indenização por danos morais coletivos e individuais, para cada funcionário.

Ana Luiza Bongiovani é jornalista e também graduada em direito. É repórter da Itatiaia.