O ex-presidente e candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu com pastores evangélicos na manhã desta quarta-feira (19) e apresentou uma carta defendendo a liberdade religiosa no Brasil. A carta foi lida pelo ex-ministro do governo Lula, Gilberto Carvalho.
“A grande maioria dos brasileiros e brasileiras que viveram os oito anos em que fui Presidente da República, sabe que mantive o mais absoluto respeito pelas liberdades coletivas e individuais, particularmente pela Liberdade Religiosa”, diz o documento.
A carta é uma tentativa do ex-presidente de se aproximar do eleitorado evangélico, que tem maior ligação com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula afirmou que em seu governo os templos e igrejas “nunca tiveram qualquer risco de fechamento”.
Explicações
Após a leitura da carta, em discurso para os religiosos, Lula lamentou que os candidatos do PT tenham sempre que se explicar para vários setores da sociedade.
“Desde que eu e outros companheiros criamos o PT a gente vive tendo que se explicar, não é a primeira vez que fazemos cartas aos evangélicos. Toda eleição há uma quantidade de mentiras nesse país que nós precisamos fazer carta ora para igreja católica, ora para a evangélica ou ora para outros setores da sociedade. Lembro do desespero do Gilberto Carvalho tendo que juntar pastores para explicar que a Dilma não era o demônio que eles diziam que a Dilma era. Em 1989 eu era um pouco desconhecido, fui para o segundo turno contra o Collor e teve uma igreja que distribuiu 1 milhão de jornalzinho dizendo que eu era um demônio. Tive que passar anos explicando porque a bandeira do PT era vermelho, tive que passar anos explicando porque eu tinha barba, porque o PT tinha uma estrela. Jesus teve que se explicar a vida inteira. Porque as dúvidas que se colocam sobre a gente, é uma arma para evitar que a gente possa ganhar as eleições”, afirmou.
Banheiro unissex
Lula afirmou também que muitas críticas sobre petistas são mentiras e afirmou que a criação de banheiros unissex, pauta defendida por vários grupos de esquerda, “só pode ter saído da cabeça de satanás”.
“Essa gente nos obriga a ficar como se fossemos inferiores ou menores. No fundo, as acusações são as mais aberrantes possíveis. Agora inventaram a história do banheiro unissex, eu tenho família, tenho neta, tenho bisneta, tenho filha, só pode ter saído da cabeça de satanás a história de banheiro unissex”, afirmou.
